Miá Mello chega a Natal com o espetáculo "Mãe Fora da Caixa"

A peça "Mãe Fora da Caixa", protagonizada por Miá Mello, é inspirada no best-seller homônimo de Thaís Vilarinho, tem direção de Joana Lebreiro e texto de Cláudia Gomes (roteirista da Rede Globo e criadora do blog Humor de Mãe) e trata com muito humor sobre os dilemas que envolvem a maternidade real. Em Natal, o espetáculo terá duas apresentações, nos dias 16 e 17 de agosto, no Teatro Alberto Maranhão.

Miá comemora o sucesso do espetáculo que está em cartaz há 5 anos, com mais de 200 apresentações e já foi visto por mais de 120 mil espectadores. “Estou muito feliz, ao longo de 5 anos fazendo esse espetáculo, revi muitos conceitos como mãe e mulher, por isso estar de novo em cena falando um texto que sempre foi muito potente pra mim é ainda mais relevante, ainda mais agora que a peça virou até filme!”

Um dos trunfos da peça é a capacidade de identificação com o público. Miá estabelece um tom confessional de quem parece contar histórias pessoais envolvendo a plateia em risos e lágrimas, com momentos de cumplicidade e interação. 

Sobre a montagem

Na trama, uma mulher que já tem uma filha com sete anos aguarda ansiosa em seu banheiro pelo resultado de um novo teste de gravidez. “A grande sacada da peça para mim se passa nesses 5 minutos em que a protagonista está no banheiro. São instantes em que cabe uma vida inteira, o mundo de pensamentos, as lembranças, os pensamentos contraditórios. É isso que acontece na cabeça e no coração de uma mãe e que tentamos trazer para a encenação”, revela a diretora Joana Lebreiro.

Uma das maiores dificuldades da mãe contemporânea é o acúmulo de tarefas, conta Miá Mello. “Temos essa sobrecarga mental provocada pela cobrança de ter que fazer um monte de coisas: ser boa mãe, ser boa profissional, ver as amigas, estar com o marido, ir ao mercado etc. Tem aquele bom e velho ditado que diz que para criar uma criança é preciso uma aldeia. E cada vez estamos mais isolados em uma ilha de nossas famílias modernas e individuais. A peça tem essa força de mostrar que não estamos sozinhas de verdade. Eu começo dizendo que não é a minha história, mas que, sem dúvida, poderia ser. E pode ser a história de muita gente, existe um grande poder de identificação”. 

O espetáculo surgiu quando o ator e produtor Pablo Sanábio  se deparou com uma série de questionamentos sobre paternidade e acabou encontrando o livro Mãe Fora da Caixa, de Thaís Vilarinho. A autora é conhecida nas redes sociais por mostrar o lado real da maternidade e oferecer um ombro amigo para os pais e mães que se sentem pressionados com tantos desafios.

O desejo de Vilarinho de escrever sobre maternidade aflorou com o nascimento de seu primeiro filho. “Lembro-me do sentimento de indignação quando percebi que não se falava sobre as dores e as dificuldades. Doze anos atrás não se falava sobre baby blues, sobre puerpério e nem sobre a mudança radical que acontece na vida da mulher que se torna mãe. Então, escrever foi necessário, terapêutico. Um processo de cura mesmo. Fico muito feliz que esteja, de certa forma, ‘curando’ outras mães. A peça ultrapassa o livro, expande as ideias em uma outra forma de comunicação. Sou muito grata por isso, pois, assim, o conceito chega a cada vez mais mães. O que eu mais gosto na peça é a entrega da Miá. A vontade que ela tem de gritar sobre o assunto. É a entrega dela que faz a peça ter esse potencial gigante”, revela Thaís Vilarinho.

A encenação foi criada a partir de um diálogo entre o livro e o perfil no Instagram de Thaís Vilarinho com as experiências pessoais de Miá, Joana e Cláudia. “Queríamos um espetáculo que juntasse esse papo reto e real sobre maternidade com a sensação de acolhimento às mães, sem deixar de lado esse humor ‘pé na porta’ que é a marca da Cláudia. Uma coisa que conversamos desde o início e que permeou a escrita dela é ter um espetáculo que fosse bem aberto, bem direto para o público. E que não ficasse fechado na história, no sentido de ter uma personagem falando sozinha. Ela está conversando com aquelas pessoas que estão ali assistindo. Eu gosto muito das peças que deixam a plateia como parte atuante do jogo cênico”, esclarece Joana Lebreiro.

SERVIÇO

MÃE FORA DA CAIXA 

Dias 16 e 17 de agosto, sábado às 20h e domingo às 18h,  no Teatro Alberto Maranhão

Duração: 90 minutos

Classificação: 12 anos

Ingressos: a partir de R$ 50,00 inteira e R$ 25,00 meia

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