INSS iniciou o prazo para quem quer aderir ao acordo de reembolso por fraudes detectadas nos benefícios
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Foto: Agência Brasil |
por Gabriel
Aposentados
e pensionistas do INSS que sofreram descontos indevidos em seus benefícios
poderão, a partir deste mês de julho, aderir ao acordo de ressarcimento
proposto pelo Governo Federal. A adesão é obrigatória para quem deseja receber
o reembolso sem precisar entrar na Justiça.
Segundo
o governo, o primeiro pagamento está previsto para o dia 24 de julho, e será
feito em parcela única, diretamente na mesma conta onde o beneficiário recebe o
pagamento do INSS. No entanto, ainda não foi informado quem será contemplado já
nesta primeira leva. Os valores devolvidos serão corrigidos monetariamente pelo
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerando a data de
cada desconto até o momento da inclusão no reembolso.
O
INSS já recebeu 3,8 milhões de contestações relacionadas a descontos suspeitos.
Desses, aproximadamente 3 milhões não tiveram resposta por parte das entidades
associativas, o que, segundo o governo, caracteriza os valores como indevidos.
Para viabilizar o pagamento, o Governo Federal publicou uma Medida Provisória
liberando cerca de R$3 bilhões em crédito extraordinário.
Aposentados e
pensionistas podem reaver valores de descontos indevidos no INSS
Segundo
a advogada Dra. Rafaela Carvalho, do VLV Advogados, milhares de beneficiários
do INSS foram surpreendidos com descontos não autorizados em seus pagamentos
mensais, atribuídos a associações ou entidades das quais nunca fizeram parte.
Para corrigir essa situação em massa, o Governo Federal abriu um prazo de
adesão a um acordo de ressarcimento, possibilitando que as vítimas recuperem os
valores sem precisar entrar com ação judicial.
De
acordo com a especialista, a medida é importante porque oferece celeridade e
efetividade à reparação do prejuízo. A adesão ao acordo é obrigatória para quem
deseja receber a devolução administrativa, e pode ser feita de forma online ou
com auxílio profissional.
Quando começa o
pagamento do reembolso e como será feito?
A
advogada Dra. Rafaela Carvalho, que acompanha casos de revisão e fraude no
INSS, explica que o primeiro pagamento está previsto para 24 de julho de 2025,
contemplando parte dos beneficiários. O ressarcimento será feito em parcela
única, diretamente na mesma conta bancária onde o aposentado ou pensionista
recebe seu benefício do INSS.
Contudo,
o governo não informou quais segurados receberão já nesta data, o que exige
atenção e acompanhamento contínuo. Para a advogada, o ideal é que os segurados
consultem frequentemente seus extratos ou procurem orientação profissional para
verificar a situação individual do pedido de ressarcimento.
Todos
os valores restituídos passarão por atualização monetária com base no IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — o mesmo índice utilizado para medir a
inflação oficial do país. Essa correção incide desde a data de cada desconto
indevido até o momento da efetivação da devolução. Trata-se de uma forma de
garantir que o segurado não tenha perdas econômicas reais, mesmo que a
restituição ocorra meses ou anos após o desconto.
Quem pode
aderir ao acordo
De
acordo com a Dra. Rafaela Carvalho, podem aderir ao acordo todos os aposentados
e pensionistas que sofreram descontos indevidos identificados como
“contribuições associativas”, especialmente quando não houve consentimento do
segurado. Esses casos estão sendo tratados como fraude, já que muitas das
cobranças foram feitas sem autorização expressa. O INSS informou que, até o
momento, 3,8 milhões de contestações foram registradas, sendo que 3 milhões não
tiveram resposta das entidades cobradoras e, por isso, já são considerados
passíveis de devolução.
Os
segurados devem ficar atentos ao prazo de adesão, que já está em vigor desde o
dia 11 de julho de 2025. O prazo exato para encerramento da adesão ainda não
foi detalhado oficialmente, mas é recomendável agir com rapidez, evitando
riscos de prescrição ou de perda da oportunidade de reembolso administrativo.
Como funciona o
pagamento do ressarcimento
O Governo Federal publicou uma Medida Provisória autorizando o repasse de R$3 bilhões em crédito extraordinário para
viabilizar o pagamento dos ressarcimentos. Para a Dra. Rafaela Carvalho, isso
demonstra o reconhecimento oficial da gravidade das fraudes e a intenção de
reparar os prejuízos sofridos pelos segurados.
Segundo
ela, a expectativa é que os pagamentos ocorram de forma escalonada, priorizando
os casos mais antigos e com valores maiores. Contudo, a ausência de
transparência sobre os critérios de prioridade exige atenção redobrada, especialmente
nos casos em que o segurado não percebe movimentações em sua conta dentro do
prazo esperado.
O anúncio do acordo para devolução dos valores indevidamente descontados do INSS é um passo importante para reparar injustiças que atingiram milhões de aposentados e pensionistas em todo o Brasil. Contudo, nem todos os casos serão resolvidos de forma automática, e muitos segurados podem precisar de auxílio jurídico para garantir o recebimento integral ou buscar outras reparações cabíveis.