A cada seis minutos o país tem um caso de estupro

 


O Brasil registrou um estupro a cada 6 minutos em 2023, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ao todo, 83.988 ocorrências foram contabilizadas em 2023, ante 78.887 no ano anterior. A taxa do crime para cada 100 mil habitantes saltou 6,5%: foi de 38,8 para 41,4.

Esse número representa um aumento de 6,5% na comparação com 2022, além do crescimento de 91,5% dos crimes desse tipo entre os anos de 2011 e 2023.

Estupro de vulneráveis

Analisando o perfil das vítimas, o estupro de vulnerável, ou seja, aquele que acontece contra jovens menores de 14 anos, representa 77,6% de todos os casos. Além disso:

61,6% são contra crianças de até 13 anos

32,5% são contra crianças de 10 a 13 anos

18% são contra crianças de 5 a 9 anos

11,1% são contra crianças de 0 a 4 anos

Perfil das vítimas

Além do predomínio de estupro de vulneráveis, outros dados mostram o perfil de mulheres e meninas que mais sofreram com esse crime.

88,2% das vítimas são do sexo feminino

52,2% são negras

Perfil dos agressores

Nos casos de estupro e estupro de vulnerável, o principal agressor é um membro da família. No primeiro grupo, eles representam 64% dos agressores e no segundo, 31,2%. No caso de vítimas maiores de 14 anos, os agressores também aparecem como:

28,1% – Parceiro íntimo;

9,9% – Ex-parceiro;

13,2% – Conhecidos;

Cidades com maiores taxas de estupros e estupros de vulnerável

A taxa média nacional de estupros e estupros de vulnerável foi de 41,4 por 100 mil habitantes no Brasil. Este ano, além da média por cada unidade da federação, o anuário analisou quais cidades do Brasil com mais casos desse crime, também levando em consideração a quantidade registrada a cada 100 mil habitantes. Estados da região Norte e Centro-Oeste ocupam as cinco primeiras posições:

Sorriso (MT) – 113,9 casos;

Porto Velho (RO) – 113,6;

Boa Vista (RR) – 110,5;

Itaituba (PA) – 100,6;

Dourados (MS) – 98,6;

Fonte: Exame