Vereador que disse ganhar R$ 10 mil “com roubo” é afastado da presidência da Câmara de Itajá

 


O vereador que admitiu em vídeo empregar pessoas em troca de apoio político e disse receber um salário de R$ 10 mil “com roubo” foi afastado da presidência da Câmara Municipal de Itajá. O afastamento de José Valderi de Melo (PP) ocorreu na quinta-feira (6).

A gravação, aparentemente realizada em um bar, mostra o vereador consumindo bebida alcoólica com outras pessoas e foi disseminada nas redes sociais. No vídeo, José Valderi de Melo fala sobre o uso de verbas do Legislativo municipal e a contratação de funcionários na Câmara.

“Eu botei 15 empregados. Já tinha 10, aí eu botei mais 15. Eu tenho apoio para vereador, tenho tudo, da família todinha”, diz em um trecho. Em outro momento, ele afirma: “Eu hoje tenho um salário de 10 mil conto (R$ 10 mil), com roubo, com tudo“, disse o vereador.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu uma investigação para apurar um possível crime de peculato cometido por José Valderi de Melo. A investigação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na terça-feira (4), dias após a divulgação do vídeo polêmico.

A mesa diretora da Câmara de Itajá atendeu ao requerimento apresentado pelos vereadores Wlisvan Gomes da Silva, Márcia Luciana de Melo Medeiros, Carlos Marcondes Matias Lopes, Geraldo Valentim dos Santos e Maxsilvan da Cunha, solicitando o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Itajá, vereador José Valderi de Melo, devido à investigação do Ministério Público.

O vereador ficará afastado da presidência da Câmara pelo prazo de 15 dias, a contar do dia 6 de junho de 2024, e Wlisvan Gomes da Silva assumirá o cargo interinamente.