Projeto de Lei para proibir linguagem neutra em Extremoz é aprovado na Câmara Municipal

Vereador Rafael Correia, autor da projeto aprovado

A Câmara Municipal de Extremoz aprovou nesta quinta-feira (28) o Projeto de Lei 1.073 /2021, de autoria do vereador Rafael Correia (PP), que proíbe a "linguagem neutra" ou “dialeto não binário" na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas e privadas do município. 

A proposição é uma maneira de garantir aos estudantes o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas e orientações legais de ensino e da gramática elaborada nos termos da reforma ortográfica ratificada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. 

"Grupos tem criado uma linguagem errônea para a formação do aluno, que atende a uma pauta ideológica específica que tenta separar ainda mais as pessoas. Isso exclui pessoas cegas, por exemplo, que já criaram habilidades para se comunicarem através das regras já estabelecidas", justificou o parlamentar. 

A Lei proposta por Rafael Correia também abrange a proibição da linguagem neutra ou não binária 

em editais de concursos públicos do Município. 

O que é linguagem neutra? 

A linguagem não binária, também denominada linguagem neutra, é um fenômeno vinculado aos grupos LGBTQ+ em que se escreve principalmente ‘e’ em substantivos para neutralizar o gênero gramatical. 

‘Todes’, por exemplo, é utilizada para substituir o masculino genérico. “Bom dia a todes” seria dito no contexto no qual o falante quer contemplar todos os gêneros. 

Para o vereador Rafael Correia, se tal linguagem for difundida apenas confundirá o desenvolvimento dos alunos." Queremos zelar pelo direito dos estudantes de Extremoz quanto ao aprendizado da norma culta da língua portuguesa", disse.