Carbonizado, corpo de homem morto em ritual foi separado em 419 partes

 


Antes da condenação de André Soares Ferreira, 39 anos, a quase três décadas de reclusão por matar, mutilar, carbonizar e beber o sangue de Antônio Carlos Pires de Lima, 33, houve um intenso trabalho de investigação, perícias de local e laboratoriais, além da utilização de uma série de técnicas científicas para determinar a dinâmica do assassinato brutal. As informações são do Metrópoles.

Ocorrido na região de Samambaia Norte, em 4 de outubro do ano passado, a barbárie reduziu o corpo da vítima a 419 fragmentos ósseos que estavam carbonizados. O trabalho de peritos médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML), dos peritos do Instituto de Criminalística (IC) e dos profissionais do Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) foi fundamental para esclarecer os detalhes do crime.

Equipe da Seção de Antropologia Forense do IML e peritos do IC foram ao local do homicídio e identificaram inúmeros fragmentos ósseos carbonizados e calcinados. O material foi separado em dois blocos para a avaliação pericial. O primeiro deles, após exame externo e dissecação local, apontou para vestígios de tecidos de partes moles (músculo) e tecido ósseo, compatíveis com partes da extremidade cefálica, região cervical e cintura escapular humana.Advertisementabout:blank

Condenação

O Tribunal do Júri de Samambaia condenou, nessa segunda-feira (18/4), o autor do crime. Ele matou, mutilou, carbonizou e bebeu o sangue da vítima. Por todos os crimes, foi condenado a 28 anos de reclusão, 1 ano e 6 meses de detenção e 30 dias-multa, em regime inicial fechado.

Os jurados aceitaram as qualificadoras apresentadas pela Promotoria de Justiça do tribunal: motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu confessou ter alterado a cena do crime para dificultar a investigação. A destruição de cadáver foi caracterizada pelo fato de o criminoso ter carbonizado completamente o corpo da vítima.