VÍDEO: Guardas municipais jogam spray de pimenta em professores grevistas

 


Professores da rede municipal de ensino realizaram, na manhã desta segunda-feira (20), um protesto em frente à Prefeitura do Natal para cobrar o reajuste salarial ao qual eles têm direito desde o início de 2020. A categoria, que está em greve desde o dia 10 de dezembro, montou um piquete na porta do Palácio Felipe Camarão cobrando uma reunião com representantes da prefeitura para discutir o aumento.

Por volta das 11h30, após um empurra-empurra em frente à Prefeitura, guardas municipais lançaram spray de pimenta para dispersar a manifestação. A ação aconteceu porque professores tentavam obstruir a entrada dos guardas no palácio, de onde despacha o prefeito Álvaro Dias (PSDB).

Durante o protesto, a diretora de Administração e Finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e presidente da Central Única dos Trabalhadores do RN (CUT), Eliane Bandeira, passou mal e precisou de atendimento médico, sendo levada a um hospital.

Segundo o Sinte, a confusão começou porque um dos guardas teria empurrado o diretor de Organização da Educação Infantil do Sinte, professor Ekeoma Santos. Na sequência, teve início um tumulto, com os guardas recorrendo ao spray para dispersar os educadores e impedir a entrada da categoria no Palácio Felipe Camarão.

Ainda sob um clima tenso e envolta por gestos hostis, uma comissão do Sinte, formada pelos coordenadores gerais Fátima Cardoso, Bruno Vital e Rômulo Arnaud, além de outros dirigentes da entidade, foi autorizada a acessar o prédio da Prefeitura para dar continuidade às negociações pela atualização salarial e melhoria das condições das escolas.

Em nota, o Sinte repudiou a ação da Guarda Municipal. “O Sinte repudia todo e qualquer ato de violência. O sindicato considera inconcebível o episódio violento ocorrido na manhã de hoje e espera respeito e tratamento digno por parte da Prefeitura, do Chefe do Executivo e daqueles que trabalham na segurança pública municipal”, enfatiza a entidade.

A greve

Os professores cobram que a gestão do prefeito Álvaro Dias implemente 12,84% de reajuste salarial, como manda a lei. A prefeitura afirma que não tem recursos suficientes para pagar todo o aumento e propõe conceder metade do reajuste (6,42%), tanto para os professores da ativa quanto aposentados e pensionistas.