Qual é o valor mínimo para investir em ETFs e quais as opções do momento



Os fundos de índice ou ETFs, do inglês Exchange Traded Funds, são alternativas de investimento em renda variável. Dentre as principais características desse ativo estão o aporte inicial baixo, a alta liquidez e a maior segurança em comparação com outros produtos da mesma modalidade.

É possível investir em ETF com R$ 100. A negociação é feita na Bolsa de Valores e, por isso, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora de investimentos para efetuar a operação. Como o custo do ativo é baixo, a taxa de administração também é mais barata do que o valor cobrado para outros tipos de fundos, segundo informações da B3.

A alta liquidez significa que o investidor tem facilidade para resgatar o valor em espécie quando investe em ETF. Essa característica é importante, sobretudo, para quem tem objetivos que não são de longo prazo.

Com relação à segurança, os investimentos em renda variável são mais arriscados e, por isso, oferecem maior rentabilidade do que os produtos de renda fixa. Mas apesar disso, os ETFs são considerados mais seguros dentro da primeira categoria. Isso porque funcionam como uma espécie de cesta de ativos, em que cada produto pode ter um comportamento diferente diante das oscilações do mercado, o que ajuda a diluir os riscos e a equilibrar o resultado final. 

Na avaliação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a dinâmica dos ETFs é uma das suas principais vantagens, uma vez que, por serem compostos por diferentes ativos, possibilitam a diversificação a um baixo custo.

Como funciona a rentabilidade

Cada fundo tem a rentabilidade atrelada a um determinado índice. Existem dois tipos no mercado: os ETFs de renda variável, que o investidor aplica em uma carteira de ações; e os ETFs de renda fixa, composto por títulos públicos e privados.

O primeiro tipo é o mais comum no Brasil. Assim, ao tornar-se cotista, o investidor adquire ações das diferentes empresas que o compõem. O BOVA11, por exemplo, é atrelado ao Ibovespa e reúne ações da Vale, do Itaú, da Ambev, do Magazine Luiza e outras grandes companhias nacionais.

Já o IMA-B é um ETF de renda fixa que engloba títulos do Tesouro Nacional indexados ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).

Tributação

A oferta de ETFs está em expansão no Brasil. A B3 disponibiliza 61 opções aos investidores, sendo que 32 foram listadas no ano de 2021. Do total de fundos disponíveis, 54 são compostos por ações e sete por títulos de renda fixa.

Uma questão importante a ser observada sobre os produtos é a tributação, que interfere diretamente na rentabilidade. Os fundos compostos por ações de empresas têm cobrança de 15% sobre o ganho de capital nas operações comuns e de 20% no day trade. Já os ETFs de renda fixa têm a tributação associada ao prazo médio da carteira.

Na avaliação dos especialistas do mercado financeiro, os ETFs são indicados para quem quer começar a investir em renda variável e, sobretudo, para quem busca diversificar a carteira de investimentos.