Sindicato diz que professores da rede pública só voltam ao trabalho presencial após vacinação

 


O sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino afirmou que os profissionais só devem voltar ao trabalho presencial nas escolas públicas do Rio Grande do Norte após a vacinação em massa da categoria. A afirmação foi dada após a Justiça estadual determinar que o governo autorize a volta às aulas nas escolas públicas e privadas. A categoria ameaça greve, "se for preciso".

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte) ainda informou que vai protocolar uma Reclamação Constitucional junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a decisão liminar do juiz Artur Cortez Bonifácio, da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, concedida a pedido do Ministério Público.

O atual decreto estadual autoriza volta às aulas para turmas até o 5º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio em formato híbrido - presencial e remoto - nas redes pública e privada. Apesar disso, o estado ainda não tem data para retomada das aulas nas escolas públicas.

De acordo com a entidade, o assunto foi discutido em assembleia virtual realizada nessa segunda-feira (26) ao longo de quatro horas e meia, com quase 800 professores. Outras condições para o retorno presencial seriam a redução da ocupação dos leitos críticos, a garantia de biossegurança nas escolas e o índice de transmissibilidade abaixo de 1.

"De forma unânime, os trabalhadores afirmaram que não dá para voltar a trabalhar presencialmente neste momento, embora desejem, sobretudo porque o trabalho virtual aumentou em duas ou três vezes a carga horária. Lembraram que, ao contrário do que pensa uma parcela da sociedade, não pararam de trabalhar", afirmou o sindicato.

Desde março de 2020, as aulas presenciais foram suspensas no RN, por causa da pandemia. O sindicato afirma que os profissionais tiveram que se desdobrar "para aprender a lecionar neste formato, utilizando dinheiro do próprio bolso para bancar a internet e os dispositivos utilizados", mas consideram que, apesar das dificuldades, antes da imunização, não é possível cogitar a volta à normalidade.

"Ficou acertado que em 13 de maio, um dia após expirar o último decreto fixado pelo Governo, acontecerá nova assembleia virtual. Na ocasião, será avaliada a possibilidade de greve caso a categoria seja obrigada a voltar ao trabalho presencial em plena segunda onda da pandemia", afirmou o Sinte.

G1