Fiocruz zera pendências com Anvisa para obter autorização emergencial da vacina de Oxford

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Fiocruz enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) todos os dados para o pedido de autorização emergencial da vacina Oxford/AstraZenica. A informação consta no painel da Agência Nacional de Saúde (Anvisa). Para o Instituto Butantan, faltam 10,94% das informações exigidas.

A Fiocruz fez um acordo com o Instituto Serum, da Índia, para compra de um primeiro lote de dois milhões de doses. No entando, anda não há uma definição de quando essas doses vão chegar ao Brasil. Havia uma previsão de um avião decolar nesta sexta-feira, mas haverá atraso. O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o avião vai demorar “dois ou três dias” para sair do Brasil.

A Anvisa vai decidir no domingo sobre a autorização emergencial de uso pedida pelas instituições para suas vacinas contra Covid-19. A decisão será tomada em reunião da Diretoria Colegiada do órgão. Na quinta-feira, a Anvisa mandou um ofício cobrando a Fiocruz e o Butantan sobre o repasse de dados. Na ocasião, a agência informou que a não disponibilização de todas as informações poderia interferir no prazo para análise da pesquisa pela agência. Por ora, a data está mantida.

Segundo o portal de acompanhamento, na tarde desta sexta-feira, 49,45% dos dados enviados pela Fiocruz já tiveram analise concluída , enquanto 50,55% estão sob verificação. No caso do Butantan, estão ainda sendo analisados pela Anvisa 44,2% dos documentos, outros 44,86% foram concluídos.

Caso a autorização emergencial de uso seja concedida pela agência, essas vacinas poderão ser aplicadas em grupos específicos de pessoas definidos previamente no estudo enviado pelas desenvolvedoras à Anvisa. A autorização não permite, no entanto, a comercialização dos imunizantes. Para isso, é necessário o registro final da vacina.

Na última quinta-feira, o Butantan afirmou, por meio de nota, que as demandas da Anvisa estão sendo prontamente atendidas” pelo instituto e que as solicitações não interferem no prazo previsto para autorização de uso do imunobiológico. “Os pedidos de novos documentos ou mais informações são absolutamente comuns em processo como esses”, completou o Butantan.

O Globo