PF prende vereador e mais três suspeitos em operação contra contrabando de cigarros no RN

 


Quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão foram cumpridos por policiais federais na manhã desta quarta-feira (18) durante a segunda fase da Operação Smoke Route, que investiga uma organização criminosa responsável por contrabando de cigarro. Entre os presos, há um vereador que foi reeleito no último domingo (15) no município de Serrinha dos Pintos.

Em maio, o vereador Macio Ferreira de Aquino, de 38 anos, conhecido como "Pato Choco", já havia sido preso em um condomínio de luxo no município de Parnamirim. A detenção ocorreu a Polícia Civil descobrir um galpão subterrâneo usado para contrabando, na granja dele.

O G1 não conseguiu contato com a defesa do vereador até a última atualização desta matéria.

A fase, denominada Entreposto foi deflagrada em Mossoró, no Oeste potiguar, e também cumpriu mandados em Serrinha dos Pintos. Também foi determinado sequestro judicial de valores depositado nas contas bancárias dos investigados.

Na primeira fase, em julho, três pessoas foram pressas e 10 mandados de busca foram cumpridos na região Oeste potiguar.

Segundo a PF, a investigação que culminou na operação desta quarta começou em julho de 2020, a partir da prisão em flagrante de um paulista de 33 anos, que foi encontrado em um depósito da organização com uma carga avaliada em R$ 2,2 milhões de reais.

Com as diligências realizadas durante a investigação, os policiais identificaram a existência de uma organização criminosa "bem estruturada", que agia no transporte naval de cigarros com origem no Suriname (marcas da China, Indonésia e Paraguai).

O material entrava no país de forma clandestina em pontos da costa potiguar e a cidade de Mossoró seria um "entreposto" para o transporte a diversos estados, segundo a PF.

Os crimes imputados são os de contrabando qualificado e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 13 anos de prisão.

Em 11 de junho, a PF apreendeu 1.362 caixas de cigarros em uma propriedade rural pertencente ao grupo. A carga foi avaliada pela perícia criminal em cerca de R$ 3,4 milhões. Os investigadores também já tinham prendido outros 3 homens também no fim de junho. Segundo a PF, eles atuavam como braço armado do bando, na segurança do transporte das cargas ilícitas.