RN chega a 1.067 óbitos por covid-19 e anuncia contratação de ambulâncias e abertura de novos leitos


Mais 36 óbitos por covid-19 foram confirmados, no Rio Grande do Norte, nas últimas 24 horas, elevando o quantitativo de vidas perdidas para a doença a 1.067. Segundo o Boletim diário da pandemia feito pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), outras 156 mortes estão com a causa sendo avaliada. 
O estado contabiliza 31.740 casos confirmados, 43.500 suspeitos e 50.700 descartados. Segundo o secretário adjunto de saúde do governo, Petrônio Spinelli, existem 730 pessoas internadas nas redes hospitalares pública e privada entre pacientes suspeitos e confirmados. 383 delas estão em leitos críticos. 
A média de ocupação dos leitos está em 93,2% nesta quarta-feira (1º). Por regiões de saúde, a ocupação varia. Em mossoró (100%), Pau dos Ferro (90%), Caicó (82%), Guamaré (66,6%) e na Região Metropolitana (93,9%). “Eu acho que é muito importante, quem a acompanha as entrevista desde o início, que a gente não tenha mais uma vez que voltar ao discurso anterior, entendendo claramente que estamos vivendo um momento extremamente delicado, nós estamos falando de mais de mil mortes. Nós estamos falando ainda de pressão por leito de UTI, que ainda não está resolvido, estamos tentando resolver. E falamos ainda da dificuldade de abrir leitos de UTI. Às vezes parece simples, mas é complexo, ressaltou Spinelli.
Segundo ele, existem 47 pacientes esperando regulação para leitos críticos. A expectativa  está na abertura de 25 novos leitos nesta semana. Cinco em Mossoró, no hospital São Luiz, outros cinco no Hospital Berlamino, em São Gonçalo do Amarante e 10 que devem ser abertos nesta quarta-feira no hospital João Machado. Há a previsão de que até a próxima sexta (3) sejam postos em funcionamento mais cinco no hospital de João Câmara. 
O secretário falou que além das filas de espera, o deslocamento dos pacientes tem sido outra preocupação. Ele disse que o estado está contratando uma empresa de ambulâncias para transferências de pacientes em especial no interior que irão se somar às do SAMU. 
Ele finalizou a coletiva falando da gravidade do momento e da reabertura das atividades econômicas que teve a primeira etapa iniciada hoje. “A mensagem é muito clara, este momento ainda é grave e o isolamento ainda continua. A flexibilização que foi colocada no decreto, é uma flexibilização numa etapa inicial calculada pelo comitê, pela Sesap de que essa etapa inicial não iria impactar no número da contaminação, da transmissão e consequentemente não iria aumentar a demanda de UTI de hospitais.
Porém alertou. “Mas isso só acontecerá se o que está no decreto acontecer. Se as pessoas forem pra rua, se houver um ‘oba oba’ uma sensação de que liberou geral nós vamos voltar a situação dramática que nós estamos vivenciando e que vivenciamos particularmente na semana passada”.