Candidatura de Márcia não se consolida e partidos buscam apoio de Wilma e do PSDB
A candidatura da deputada estadual Márcia Maia (PSDB) a prefeita de Natal enfrenta dificuldades de consolidação. Filha da ex-governadora, atual vice-prefeita de Natal e presidente do PT do B, Wilma de Faria, Márcia está cotada para disputar o pleito municipal pelo PSDB no lugar do deputado federal Rogério Marinho, presidente de honra do partido. Mas, passado o momento inicial de euforia de anúncio desta candidatura, o projeto – até agora – não saiu. Com isso, cresce a corrida dos demais grupos políticos pelos apoios do PSDB e de Wilma.
A falta de estrutura para enfrentar uma candidatura está sendo levantada por Márcia Maia para rejeitar o projeto. Ela foi à cúpula do PSDB, leia-se o presidente nacional do partido, o senador Aécio Neves, em busca de auxílio. Não conseguiu o que queria. O resultado disso é que o PSDB não deverá ter candidato. Com isso, dois personagens importantes da política local ficam órfãos de candidatos: a ex-prefeita Wilma de Faria e o fortalecido PSDB.
Eleitora expressiva junto a parcela da população, a vice-prefeita está afastada do prefeito Carlos Eduardo e estava enxergando na candidatura da filha o destino do seu apoio político eleitoral. Como Márcia não deverá disputar a Prefeitura, emergem dois cenários para à ex-governadora: o primeiro é uma aliança com o ex-deputado federal João Maia, presidente do PR no Estado, e o senador José Agripino, comandante do DEM. Neste quadro, Wilma será candidata a prefeita de Natal com o apoio deste grupo político. O outro cenário seria uma reaproximação dela com o prefeito Carlos Eduardo Alves. Wilma apoiaria a candidatura à reeleição do atual prefeito.
O outro personagem que fica órfão de grupo com a não consolidação da candidatura de Márcia Maia é o partido dela, o PSDB. Com cinco deputados estaduais – inclusive o presidente da Assembleia Ezequiel Ferreira de Souza – e um deputado federal – Rogério Marinho – o PSDB é um partido forte politicamente no estado e conta com um bom tempo de rádio e TV – portanto uma legenda cobiçada naturalmente.
Assim como Wilma, que trabalha com dois cenários, o PSDB também antevê quadros possíveis. No caso dos tucanos, são três opções: ir para o lado do governador Robinson Faria; aliar-se ao prefeito Carlos Eduardo ou; buscar uma terceira via. Os tucanos estão divididos internamente.
O fato inegável que tanto Wilma quanto o PSDB, órfãos da não consolidação da candidatura de Márcia Maia, poderão ser fieis da balança na sucessão em Natal. Sobretudo se penderem para o mesmo barco.
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