Defesa de Bolsonaro pede a Moraes autorização para cirurgia urgente

 


Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediram ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorização para a realização urgente de cirurgia após exames de ultrassonografia feitos no domingo (14), na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde ele está preso. Segundo a defesa, os médicos identificaram duas hérnias inguinais e recomendaram procedimento cirúrgico imediato, considerado a única forma de tratamento definitivo.

De acordo com relatório do médico Claudio Birolini, o procedimento indicado é uma herniorrafia inguinal bilateral, sob anestesia geral, com internação hospitalar estimada entre cinco e sete dias, no Hospital DF Star. A defesa afirma que a cirurgia não pode ser realizada em ambiente prisional e alerta para “risco concreto à integridade física” de Bolsonaro caso o procedimento seja adiado.

Com base no laudo, os advogados também reiteraram o pedido de prisão domiciliar humanitária, alegando que a necessidade médica é atual, objetiva e comprovada, e que a postergação pode levar a complicações graves e internação emergencial.

No sábado (13), Moraes autorizou a entrada de um médico com aparelho de ultrassom portátil na cela do ex-presidente. A medida ocorreu após o ministro considerar antigos os documentos apresentados anteriormente e determinar a realização de perícia médica oficial da PF, cujo prazo de 15 dias ainda está em curso.

Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF e passou a cumprir pena em regime fechado após o trânsito em julgado do processo relacionado à trama golpista, em 25 de novembro.