Advogadas repudiam uso de imagem da vítima de tentativa de feminicídio com 60 socos em elevador

 


As advogadas de Juliana Soares, que foi vítima de tentativa de feminicídio pelo namorado (quando ele desferiu mais de 60 socos no rosto dela), emitiram uma nota pública repudiando o que classificaram como “publicações em páginas de redes sociais que expõem, de forma sensacionalista, sua imagem e suas sequelas físicas de forma crítica e negativa à sua recuperação, além de informações distorcidas e inverídicas sobre sua vida pessoal”.

Segundo as advogadas, as condutas “não apenas violam a sua intimidade e dignidade, mas também intensificam a revitimização, causando novos danos emocionais a uma mulher que já enfrenta um processo doloroso de recuperação, advinda da tentativa de feminicídio sofrida”.

A nota afirma que “a manutenção dessas práticas abusivas poderá ensejar a adoção de medidas judiciais cabíveis, a fim de resguardar sua integridade e seus direitos fundamentais”.

Confira abaixo a nota completa:

“As advogadas de Juliana Garcia, juntamente com seu assessor, José Patrício Neto, vêm a público manifestar profundo repúdio às publicações em páginas de redes sociais que expõem, de forma sensacionalista, sua imagem e suas sequelas físicas de forma crítica e negativa à sua recuperação, além de informações distorcidas e inverídicas sobre sua vida pessoal.

Essas condutas não apenas violam a sua intimidade e dignidade, mas também intensificam a revitimização, causando novos danos emocionais a uma mulher que já enfrenta um processo doloroso de recuperação, advinda da tentativa de feminicídio sofrida.

É fundamental que a sociedade compreenda que o foco neste momento deve estar na proteção, acolhimento e recuperação de Juliana, e não na exploração de sua dor para gerar críticas ou especulações infundadas.

Reforçamos que a manutenção dessas práticas abusivas poderá ensejar a adoção de medidas judiciais cabíveis, a fim de resguardar sua integridade e seus direitos fundamentais.

Juliana merece respeito, empatia e privacidade. O combate à violência contra a mulher passa também pelo compromisso de todos em não reproduzir condutas que perpetuem o sofrimento das vítimas.”

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