Deputado Girão cobra anistia para condenados do 8 de janeiro: ‘Se houve intenção, crime é muito brando’
O deputado federal General Girão (PL-RN) defendeu neste sábado 16 a aprovação de uma anistia ampla e geral para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar rebateu a posição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que nesta semana declarou não ver ambiente político para esse tipo de medida, defendendo apenas a revisão de penas.
Girão afirmou que a anistia é o caminho para pacificar o país, comparando a proposta com a medida concedida em 1979, no governo do presidente João Figueiredo, na saída da ditadura militar. “A melhor maneira de você unir o País, de você pacificar o País, é você aplicar, sim, o fenômeno da anistia. Na anistia de 1979, nós anistiamos pessoas que tinham matado pessoas, pessoas que pegaram armas para assaltar, para roubar, para sequestrar aviões. A anistia veio e pacificou o Brasil”, disse.
As declarações do deputado ocorreram durante o encerramento do projeto Rota 22 no Rio Grande do Norte, realizado neste sábado em Natal. O evento ocorreu no Olimpo Recepções e contou com as presenças da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, e do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto.
“O Brasil está vivendo um momento onde a liberdade está sendo cerceada. Então a anistia precisa vir para pegar esses 1.400 brasileiros que estão presos ou estão usando tornozeleira eletrônica, sem ter usado uma arma. Nós temos um compromisso dos líderes partidários, que compõem a maioria do plenário da Câmara dos Deputados, de que a anistia será pautada. E aí nós vamos viver a grande força da democracia”, afirmou.
Críticas às alternativas
O deputado disse não concordar com propostas que visam substituir a anistia por medidas mais brandas. Ele defendeu que não houve crimes violentos nos atos de 8 de janeiro, apenas manifestações com intenções políticas.
“Não concordo com textos alternativos. Nós não tivemos ninguém que matou, nós não tivemos ninguém que sequestrou, que assaltou. Se nós tivemos gente que teve intenção, vejam só, se tivemos gente que teve intenção, foi intenção. O crime de intenção é um crime muito ameno, muito brando, e ele não merece ser tratado como sendo um crime, por exemplo, de um criminoso pedófilo”, declarou.
Para Girão, há uma desproporção nas penas aplicadas em comparação a outros crimes. “Os pedófilos estão cumprindo pena muito menor do que esse pessoal patriota que foi indiciado e está sendo julgado e condenado pelo 8 de janeiro”, completou.
Agora RN