'Já desceram metralhando meu carro', diz sogro de jovem morta na Grande Natal

O tiro que matou a jovem Maria Bruna Pereira Assunção, de 27 anos, no fim da noite de sábado (5), na Grande Natal, partiu de criminosos que estavam em uma caminhonete branca, afirmou o sogro dela, o motorista Carlos Henrique Vilela Bezerra, que também foi baleado de raspão no crime.

"Foi uma madrugada de terror. Eu jamais eu quero que ninguém passe por uma coisa dessa que nós passamos", disse o homem nesta segunda-feira (7) após uma missa de corpo presente no santuário da cidade.

Carlos Henrique conduzia o carro da família, com quatro ocupantes. Segundo ele, a esposa estava ao seu lado, na parte da frente do veículo. O filho do casal estava atrás dele e a nora atrás da sogra.

Segundo o motorista, a família voltava de uma festa junina no distrito Dom Marcolino Dantas pela RN-064, quando uma caminhonete no sentido contrário tentou colidir com o carro dele. Carlos Henrique disse que desviou para a esquerda e então os ocupantes da caminhonete começaram a atirar contra o carro da família.

"Ao descer a ladeira da baixa do Riachão, se aproximou de uma camioneta Hilux branca e com os faróis alto. Eu dei três vezes sinal para ele baixar, os faróis do carro ele não baixou. Ao ver que ele ia colidir comigo, a minha esposa gritou: 'Vão bater, vão bater'. Quando eu fui desviar, eles já desceram metralhando meu carro", disse Carlos Henrique.

De acordo com Carlos Henrique, o tiro atingiu a cabeça da nora dele, atravessou, passou de raspão pelas costas dele e atingiu o parabrisa do carro. Maria Bruna não resistiu.

"Eles vieram como se quisessem colidir comigo frente. E numa colisão, você procura se defender. Que você não sabe se é uma pessoa que vem bêbado, embriagado. Ninguém vai sonhar que é um assalto. É o segundo, é um piscar de olho. E foi no piscar de olho que a bala atingiu minha nora e foi fatal", disse.

O homem ainda disse que Maria Bruna era como uma filha para ele. "Eu perdi uma nora e uma filha", lamentou.

A família prestou depoimento à Polícia Civil que investiga o caso. O carro também passou uma perícia do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

Fonte: G1