Fiocruz aponta alta de vírus respiratórios em 20 estados e 16 capitais; confira

 


O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (22), indica um aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em diversas regiões do Brasil, especialmente devido à circulação dos vírus influenza A e VSR (Vírus Sincicial Respiratório). A análise, referente à Semana Epidemiológica 20 (11 a 17 de maio), revela que 20 dos 27 estados apresentam níveis de alerta ou risco elevado para SRAG. Entre as capitais, 16 estão em situação semelhante, com tendência de crescimento na incidência de casos.

Situação do Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte, por enquanto, não está entre os estados com alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), indicando uma situação mais controlada. No entanto, a mais recente atualização do Boletim InfoGripe revela que 20 das 27 unidades da federação apresentam crescimento na tendência de longo prazo dos casos, com níveis classificados entre alerta, risco e alto risco.

Entre esses estados estão Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Apesar disso, o cenário nacional requer atenção constante à prevenção e ao monitoramento epidemiológico.

O que recomenda a especialista

Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz e do InfoGripe, destaca que “todas as faixas etárias podem se beneficiar da vacina. Quem não faz parte dos grupos prioritários, e se seu município ampliou a vacinação para toda a população a partir de 6 meses, aproveite também para se vacinar”. Ela também reforça a importância do uso de máscaras em locais fechados e com maior aglomeração de pessoas, além da manutenção de medidas de etiqueta respiratória.

A situação é preocupante especialmente entre crianças de até dois anos, que apresentam maior taxa de hospitalizações e mortalidade por SRAG associadas ao VSR. Nos adultos e idosos, a influenza A se destaca como a principal causa de óbitos por SRAG.

Apesar de sinais de desaceleração em alguns estados, como Goiás e São Paulo, a incidência de SRAG permanece elevada em várias regiões. É fundamental que a população continue atenta às orientações das autoridades de saúde e adote medidas preventivas para conter a disseminação dos vírus respiratórios.