Justiça decreta sequestro de bens da empresa de Gusttavo Lima em investigação sobre lavagem de dinheiro

 


A Justiça determinou o sequestro de imóveis e embarcações em nome da Balada Eventos e Produções Ltda, empresa pertencente ao cantor Gusttavo Lima, em meio às investigações sobre um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas ilegais. A operação, denominada Integration, também resultou na prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, em Recife. A informação foi divulgada pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (8).

Conforme as investigações apontadas pelo programa, a Balada Eventos estaria ligada ao empresário José André da Rocha Neto, proprietário da empresa Vai de Bet, que contava com o cantor como garoto-propaganda e, até junho deste ano, era patrocinadora máster do Corinthians. Em defesa, os advogados de Rocha Neto afirmaram que “não existe qualquer indício de sua participação em atos ilícitos” e garantiram que o patrimônio do empresário é regular e devidamente declarado.

Os representantes legais de Gusttavo Lima, em nota, esclareceram que o cantor possui apenas um contrato de uso de imagem com a Vai de Bet, negando qualquer envolvimento tanto dele quanto da Balada Eventos com “esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro”. A defesa ainda acrescentou que a empresa apresentará os documentos pertinentes para comprovar sua inocência e desvinculação das atividades investigadas pela polícia. Gusttavo Lima também se pronunciou, afirmando ser alvo de injustiça.

Venda de avião investigada

Uma das empresas de Rocha Neto, a JMJ Participações, adquiriu a aeronave Cessna Citation Excel, apreendida durante a operação em Jundiaí, São Paulo. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelam que o avião ainda está registrado em nome da Balada Eventos, embora seja operado pela JMJ Participações.

Os advogados de Gusttavo Lima reiteraram que o cantor vendeu a aeronave para a empresa de Rocha Neto, seguindo todas as exigências legais. De acordo com a Anac, o processo de transferência de propriedade ainda está em andamento e, quando finalizado, o avião será de propriedade da JMJ Participações. Rocha Neto, que estava na Grécia no momento da operação, é considerado foragido. Além da ordem de prisão, a Justiça bloqueou valores de suas contas pessoais e de suas empresas.

Gusttavo Lima se defende

Após a exibição da reportagem, Gusttavo Lima utilizou suas redes sociais para comentar o caso, classificando a situação como uma “injustiça”. O cantor criticou a inclusão de sua empresa nas investigações, afirmando que a Balada Eventos se tornou alvo apenas por ter realizado uma transação comercial com a JMJ Participações.

“A venda do avião ocorreu em 2023, com contrato devidamente cumprido e recibo de transferência”, destacou o cantor. “Se a Justiça existir nesse país, ela será feita. São 25 anos dedicados à música, todos vocês sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news eu não vou permitir. Sou honesto”, publicou Gusttavo Lima em sua defesa.