Fiocruz alerta Senado sobre riscos da liberação de cigarros eletrônicos
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) enviou um documento ao Senado alertando sobre os riscos da liberação de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como os vapes. Em paralelo, a Associação Médica Brasileira (AMB) e outras 79 entidades assinaram uma carta contra a regulamentação dos cigarros eletrônicos.
O Projeto de Lei 5.008/2023, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), aborda a produção, importação, exportação, comercialização, controle, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos. A votação do PL estava prevista para esta terça-feira 20, no Senado Federal, mas os senadores adiaram a votação para o próximo dia 3 de setembro.
Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição da comercialização dos vapes, na RDC 855/2024. Na ocasião, os diretores da agência mencionaram receios de renormalização do ato de fumar e aumento do tabagismo no Brasil diante do efeito de porta de entrada ou recaída de ex-fumantes com a popularização dos cigarros eletrônicos.
Na documento ao Senado, a Fiocruz “apela aos parlamentares para que defendam a implementação imediata e completa da RDC 855/2024”.
Segundo a organização, os fabricantes de vapes “afirmam que os DEFs apresentam menor risco à saúde e podem auxiliar na cessação do tabagismo”. “Na realidade, os DEFs ampliam o risco de dependência à nicotina e expõem os consumidores a substâncias cancerígenas”, diz um trecho do documento.