Deputado Gonçalves diz que não apoia Paulinho e defende candidatura própria do PL em Natal

 


Integrantes do mesmo grupo político do deputado federal General Girão, que anunciou a retirada de sua pré-candidatura a prefeito de Natal e o apoio à candidatura de Paulinho Freire (União Brasil) na última segunda-feira 20, o deputado federal Sargento Gonçalves e o estadual Coronel Azevedo não devem acompanhar o direcionamento do PL do Rio Grande do Norte. Defensores ferrenhos da candidatura própria do partido ao Executivo da Capital, eles se fizeram ausentes na coletiva convocada por Girão.

Os dois parlamentares do PL tiveram grande votação na Capital nas eleições gerais de 2022. Sargento Gonçalves foi eleito com 24.083 votos, sendo o quinto mais votado no município para a Câmara dos Deputados. Já Coronel Azevedo recebeu 26.203 votos para a Assembleia Legislativa do RN, sendo o segundo mais votado de Natal.

Ao AGORA RN, Gonçalves confirmou que manterá seu posicionamento de defender uma candidatura própria do PL à Prefeitura de Natal até o fim das convenções partidárias, que devem ser realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto, pois não vê nenhum dos nomes já postos como um “legítimo representante da direita” na cidade.

“Até a convenção, defendo a candidatura própria do PL. Se, depois disso, o PL não apresentar um nome e mantiver o posicionamento atual de apoio ao deputado Paulinho Freire, vou analisar os nomes que estiverem postos e, com base nisso, tomar minha decisão”, afirmou nesta terça-feira 21, completando que é contra o partido apoiar Paulinho desde o início das discussões eleitorais, ainda no ano passado.

Gonçalves deixou claro que não concordava com as alianças eleitorais do PL na Capital, mas que não iria se rebelar contra a decisão do presidente do PL no RN, o senador Rogerio Marinho. Como justificativa, o parlamentar alegou a existência de discordâncias ideológicas e políticas.

“Não tenho nada contra, mas ele é um deputado de centrão, votou mais de 70% com o Governo Lula. É da política tradicional e, infelizmente, o PL sacramentou essa decisão de Paulinho, contra a minha vontade”, disse, em março passado.

E lamentou que, apesar da estrutura partidária do PL potiguar, a sigla é apenas “coadjuvante” no processo eleitoral deste ano nos dois maiores colégios eleitorais do RN. “Somos um partido grande. Deveríamos ter o protagonismo. Temos três deputados federais, um senador da República, dois deputados estaduais, 20% do tempo de TV e dos recursos do fundo eleitoral. Por que ficarmos como coadjuvantes nas duas principais cidades do nosso estado, Natal e Mossoró?”.

Fonte: Agora RN