Após Lula culpar Bolsonaro e comprar peças de luxo, 261 móveis são encontrados

 


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) localizou os 261 móveis que motivaram, na transição, discordâncias do petista e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os itens “perdidos” estavam espalhados pelo Palácio da Alvorada e foram localizados em setembro do ano passado – dez meses depois da primeira inspeção no local.

Antes da descoberta, o casal presidencial comprou peças de luxo alegando como motivo a ausência dos objetos. A informação sobre os móveis localizados foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência afirmou que os itens foram encontrados em “dependências diversas” dentro do Palácio da Alvorada. Segundo a pasta, foram necessárias três conferências para localizar os móveis.

Lula passou o primeiro mês de mandato morando em um hotel no centro de Brasília, afirmando que o Alvorada e a Granja do Torto – residência de veraneio Presidência – estavam deteriorados. Durante um café da manhã com jornalistas em janeiro do ano passado, ele afirmou que Bolsonaro e Michelle “levaram tudo” do palácio residencial.

Nesta quarta-feira (20) após a divulgação de que os móveis haviam sido encontrados, o ex-presidente usou o X (antigo Twitter) para dizer que o petista o acusou injustamente de ter extraviado os bens da residência oficial. “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”, disse Bolsonaro.