“Foram dias difíceis, mas eu disse que ia provar minha inocência”, disse homem acusado injustamente de abuso
Foto: Diassis Oliveira/Divulgação |
O vigilante José Marcos, de 55 anos, recebeu nesta quarta-feira (15) o alvará de soltura após a Polícia Civil o prender erroneamente por suspeita de estupro de um bebê de 10 meses que estava internado na enfermaria pediátrica do Hospital Universitário Honofre Lopes ( Huol).
O drama do vigilante, que passou cinco dias preso, teve um desfecho após exames específicos realizados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep/RN) não encontrarem provas do crime.
Em entrevista a Roberta Trindade durante o Balanço Geral Marcos destacou que sua prisão se deu quando, na pediatria do hospital, uma mãe pediu para ele cuidar do bebê dela por um momento. Segundo ele, o pesadelo começou quando foi acusado de estupro sem entender o motivo.
Ainda de acordo com o vigilante, na delegacia, a delegada insistia em uma confissão dele, ignorando o depoimento do vigilante.
“A delegada queria que eu fissesse uma coisa que eu não fiz. É um absurdo um negócio desse, porque isso acabou com minha imagem, só não acabou com minha profissão porque agora veio a verdade. Mas eu estava ciente do tempo em que não havia cometido tal ato. ”desabafou José Marcos.
Os documentos apresentados, incluindo um laudo escrito à mão por uma farmacêutica, alegavam a presença de substância semelhante ao esperma, mas um exame posterior, a Pesquisa de Espermatozoide e PSA, comprovou a inocência de Marcos, resultando na liberdade dele.
O advogado do vigilante, Romário Araújo, já informou que irá tomar medidas para garantir uma reposição para o cliente dele e irá processar os envolvidos na injustiça de prisão.
Após deixar a prisão, Marcos enfrentou mais desafios ao ser proibido de visitar o filho no hospital. No entanto, o advogado esclareceu que não há nenhuma determinação oficial para essa restrição.
“Não existe nenhuma decisão judicial que limite a ida dele ao hospital. Então fiante dessa ausência ele vai ao hospital e vai sim ver o filho”, disse o advogado.
Do Presídio Estadual de Parnamirim, Marcos se apresentou para o Huol, onde finalmente conseguiu abraçar o filho, encerrando um capítulo doloroso marcado por acusações infundadas.
Com informações do Portal da Tropicial