“Agência Brasil” adota linguagem neutra para gênero
A Agência Brasil, produtora estatal de notícias, utilizou a linguagem não binária, também denominada linguagem neutra, em uma reportagem sobre um evento de congressistas eleitos LGBTQIA+. Fenômeno linguístico e político, a substituição do artigo masculino genérico por “e” busca neutralizar o gênero gramatical.
A notícia foi destaque no Poder 360. “Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília”, é o título da reportagem . O evento foi realizado na última 6ª feira e sábado (20 e 21 de janeiro), em Brasília, e reuniu deputados LGBTQIA+ que devem assumir para a Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas nos Estados em fevereiro.
As deputadas Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) estiveram no evento. Além das duas congressistas, uma reportagem menciona a 1ª eleição de um congressista estadual intersexo no Brasil e América Latina. Carolina Iara (Psol-SP) pediu à reportagem que o texto fosse construído em linguagem não binária.
USO DA LINGUAGEM NEUTRA
Nos primeiros dias de governo, integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizaram a linguagem não binária em cerimônias oficiais.
Na cerimônia de posse, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha , começou seu 1º discurso no Palácio do Planalto com a frase "Boa tarde a todas, a todos e todos".