Azol expõe O Sertão Virou Mar na Pinacoteca do Estado

 


Artista potiguar com formação em Cinema e Artes Gráficas apresenta exposição multimídia na Pinacoteca do Estado 

 

A árida paisagem do sertão nordestino é a inspiração do artista multimídia natalense Azol para compor seu universo pictórico que ora se revela na exposição O Sertão Virou Mar. Ao empregar uma variedade de plataformas a favor da criatividade, o artista recorre a linguagens distintas para revelar um sertão mágico e deslumbrante.  

 

Por meio de fotomontagens, pinturas, instalação e videoarte, Azol vislumbra um mundo utópico na exposição que será aberta ao público, no dia 24 de maio, às 19 horas, na Pinacoteca do Estado. Serão expostas 43 fotomontagens digitais e 10 pinturas, além de três trabalhos de videoarte, uma instalação e um vídeo com depoimentos do artista e do curador Marcus Lontra.  

 

Radicado em São Paulo há 30 anos, o potiguar tem o sertão no DNA, enraizado em seus antepassados, oriundos da região. O sertão é tema recorrente de seus trabalhos e já inspirou muitas telas. Rendeu um acervo com mais de 6.000 fotografias registradas em duas longas incursões pela rota do cangaço, quando realizou laboratórios e pesquisas.  

 

Há alguns anos, o artista fez uma curadoria que resultou numa seleção de 60 fotos, matriz para suas primeiras fotomontagens, que unem fotografia e pintura, com o intuito de introduzir elementos dramáticos à narrativa, gerando imagens que remetem ao realismo poético. Instigado pelo historiador e curador Marcus Lontra, concebeu a exposição O Sertão Virou Mar 

 

“Ofereço um estimulo ao observador, que o faz embarcar numa jornada para o sublime. O mar é uma metáfora utópica para a criação de um sertão que é o contraponto da sua realidade. As fotografias produzidas apresentam fragmentos do real, se impregnam de múltiplos significados e sentimentos, tornam-se plurais, transformadas pela provocação que se faz à imaginação. A rudeza e a aspereza dos ambientes registrados são transformadas em novas realidades, aquelas que, em nosso inconsciente, as chuvas poderiam revelar: abundância, esperança, fertilidade. O mar é água, é a força transformadora do sertão; isso nos convoca à construção de uma possível existência”, registra Azol. 

 

Nessa série de fotomontagens, a sobreposição das duas linguagens foi combinada com a utilização de multicamadas de filtros. “A técnica usada é a colagem digital. Fiz a fusão dos arquivos de fotos com arquivos de fotos das pinturas e fui manipulando as imagens. O processo é demorado. Foram meses de tentativas e erros, até chegar a um resultado satisfatório”, esclarece o artista. 

 

O horizonte que se estende na fronteira entre ficção e realidade, explora situações que provocam a distorção dos cenários, gerando uma representação excêntrica que amplia as percepções. As diferentes leis que regem esse mundo novo são aceitas pelos olhos da realidade óbvia do ser humano, convidando o observador a explorar suas próprias fantasias e sonhos.  

 

BIO - Azol 

 

Artista visual formado em Cinema e Artes Gráficas nos Estados Unidos, Azol dirigiu curtas-metragens e produziu programas para as TVs Manchete, Bandeirantes e Globo. Trabalhou com publicidade, criou conteúdo para internet e produziu vídeos institucionais para empresas.  

 

Trabalha em caráter multidisciplinar, visando criar um diálogo com outras formas de expressão artística para fomentar um pensamento poético e sensível às diversas questões que movem o espírito e o fazer artístico. Produz trabalhos em pintura, escultura, colagem, mural, videoarte, literatura e fotografia. 

  

Em 2016, entrou para o grupo de estudos de arte no ateliê do pintor Sérgio Fingermann, com o intuito de aprofundar suas pesquisas nas diversas linguagens com as quais atua. Participou de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior (França, EUA e Nações Unidas), e de feiras de arte em Paris e Nova York.  

 

Em setembro de 2021, iniciou uma jornada de exposições individuais pelo Brasil intitulada O Sertão Virou Mar, com curadoria de Marcus Lontra, iniciando pelo Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. A exposição seguiu para o Centro Cultural Cais do Sertão, no Recife, e ultimamente esteve no Sobrado Dr. José Lourenço, em Fortaleza (Secult – CE).  

 

Azol tem obras nos acervos do Centro Cultural Correios (Rio de Janeiro),  Pinacoteca do Estado (Rio Grande do Norte), Fundação Capitania das Artes (Funcarte - Prefeitura de Natal) e no Sistema Fiern (Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte). Em 2020, recebeu o diploma comemorativo da fundação da cidade de São Paulo pela Academia de Ciências, Letras e Artes. 

 

Serviço:  

O Sertão Virou Mar – Azol apresenta exposição multimídia com série de fotomontagens, pinturas, instalação e projeção de videoarte. 

 

Abertura: dia 24 de maio, terça-feira, às 19h  

Período: 24 de maio a 24 julho de 2022. 

Curadoria: Marcus Lontra.  

Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte. 

Endereço: Praça 7 de Setembro, nº 461.  

Visitação: 

Terça a Sexta, de 08h às 17h. 

Sábado e Domingo, de 10h às 16h.  

Entrada gratuita.