Seturn descarta pedir aumento de passagem, mas sugere reduzir viagens em Natal

FOTO: JOSENILSON RODRIGUES
 

Após mais um aumento do preço do diesel, que entrou em vigor na última semana, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn) está em busca de alternativas para reduzir os custos para compensar o reajuste do combustível. De acordo com o sindicato não há intenção de mudança no preço das passagens de ônibus na capital potiguar.

Segundo Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn, o reajuste da tarifa não está em questão devido ao benefício concedido pelo governo do Rio Grande do Norte que impôs essa condição.

“Não está havendo tratativa para reajustar a tarifa pública cobrada do usuário, porque o decreto estadual que isentou o ICMS condicionou o benefício ao não reajustamento da tarifa este ano”, pontuou.

Como alternativa, o Seturn considera reduzir o número de viagens diárias no sistema em Natal, o que implica em decréscimo no número da frota nas ruas e ainda no número de linhas disponíveis para a população da capital potiguar. Dessa forma, há redução no quilômetro rodado e do total de diesel utilizado.

O consultor técnico apontou que outra sugestão é um maior subsídio. “Como a maioria das capitais estão fazendo”, destacou ainda citando Mossoró como exemplo, conforme foi anunciado pelo prefeito Allyson Bezerra.

Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) afirmou que o reajuste do diesel é uma circunstância que “está ocorrendo com frequência no cenário internacional” e pontuou que a Prefeitura e o Seturn discutem uma possível isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS).

Sobre a redução de viagens, frotas e linhas, a STTU afirmou que não está de acordo com a devolução de linhas por parte do Seturn. “A STTU está debruçada através de sua equipe técnica para fazer a licitação do transporte público, finalizando o edital”, completou.

Transporte intermunicipal

A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor) considera que a situação é de dificuldade para empresas e operadores do transporte opcional. “O governo tem que entender que a situação é gravíssima. As empresas estão insustentáveis e não sabem como manter o serviço. Alguma medida precisa ser tomada”, afirmou Eudo Laranjeiras, presidente da federação.

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