Vivaldo Costa lamenta política que extinguiu leitos psiquiátricos no País

 


A importância de políticas públicas para a saúde, notadamente saúde mental, juntamente com Reforma Psiquiátrica realizada no País em 2001, foram temas do pronunciamento do deputado Vivaldo Costa (PSD) na sessão plenária híbrida da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (16). A reforma teve como marca registrada o fechamento gradual de manicômios e hospícios, extinguindo os leitos psiquiátricos e dividindo opiniões até hoje no País.

 

Vivaldo lamentou o fechamento de leitos psiquiátricos em todo o País e lembrou que, como médico, essa foi uma de suas prioridades para o povo de Caicó e da região Seridó. “Na minha visão, foi uma decisão equivocada, desestimularam o tratamento em hospital e não deixaram nenhuma alternativa plausível. O doente mental sofre demais por falta de leito psiquiátrico, e esse problema é de todo o Brasil”, disse.

 

Vivaldo relatou que o tema saúde mental sempre foi uma de suas preocupações. “Há 50 anos quando disputei a minha primeira eleição, candidato a prefeito, nas praças públicas prometi lutar para melhorar a assistência e levar para Caicó médico psiquiatra, pavilhão e hospital psiquiátrico. Perdi a eleição, mas mesmo assim no ano seguinte me mudei de Natal pra Caicó e fiquei lá até hoje, e a meta foi melhorar a saúde do caicoense e do seridoense, instituir o tratamento do doente mental”, relembrou.

 

O deputado contou que à época convidou o médico psiquiatra Rubens Santos para instituir no Hospital do Seridó um tratamento moderno para o doente mental. “Antes era feito no hospital geral, e lá em Caicó fizemos um modelo moderno, passamos a atender o doente mental em um hospital geral. A experiência não foi exitosa, porque criou problemas e fizemos uma nova experiência, com a criação dos pavilhões psiquiátricos no entorno”, disse.

 

Vivaldo afirmou que a experiência deu certo e o espaço se tornou insuficiente pela grande demanda, quando pacientes de todo o Seridó lotaram o pavilhão. “Em pouco tempo ficamos sem alternativa, porque os pavilhões comportavam atendimento a poucas pessoas e com muita luta fizemos um sistema de mutirão e a população aderiu a esse trabalho. Conseguimos depois de 10 anos inaugurar em Caicó o hospital psiquiátrico Milton Marinho, que funcionou de 12 a 15 anos, dando assistência psiquiátrica à população”, finalizou.