Número de mortos em Petrópolis chega a 110 e desaparecidos somam 134

 


Na tarde desta quinta-feira (17), chegou a 110 o número de pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na tarde de terça-feira (15).  Já o número de desaparecidos, de acordo com Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), é ainda maior e soma, até o momento, 136 registros.

A Polícia Civil de Petrópolis diz que 134 pessoas estão desaparecidas, mas o Corpo de Bombeiro é cauteloso ao fazer uma estimativa sobre esse número. 

No total de pessoas mortas, 65 são mulheres, 36, homens, e 13, menores de idade. Alguns corpos estão sendo armazenados em um caminhão frigorífico instalado no PRPTC (Posto Regional de Polícia Técnica Científica), no bairro Corrêas.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) já cadastrou até o início da noite desta quarta-feira (16) 35 pessoas desaparecidas em razão dos deslizamentos decorrentes do forte temporal que atingiu a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. As comunicações estão sendo recebidas pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/MPRJ), que está mobilizado em sua central de atendimento.

As informações sobre desaparecidos são recebidas pelos canais de comunicação do PLID no telefone: (21) 2262-1049, e-mail: atendimento.plid@mprj.mp.br, e no site: www.mprj.mp.br/todos-projetos/plid. A partir do cadastro no banco de dados do PLID, as informações e características físicas dos desaparecidos compartilhadas por parentes e familiares são checadas junto aos demais bancos de dados oficiais. Há uma equipe também, integrada por servidores e promotores de Justiça, no Hospital Alcides Carneiro, no bairro Corrêas, e no Instituto Médico Legal da cidade, na Rua Vigário Corrêa.

Até o fim da manhã desta quinta (17), a Defesa Civil  registrou 399 ocorrências em Petrópolis, das 323 por deslizamentos. ​Além disso, 705 pessoas precisaram ser encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados em escolas da rede pública. As aulas estão suspensas para que as famílias possam ser atendidas por profissionais das secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação.

O Corpo de Bombeiros mantém buscas nos locais onde houve deslizamentos de terra.

“O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro segue ininterruptamente, desde a tarde de terça-feira (15), as operações de busca e resgate por vítimas das fortes chuvas que atingiram o município de Petrópolis, na região serrana”, diz a nota.

“Os militares acessam todos os pontos seguros para as equipes. E, para isso, usam equipamentos como balão de iluminação, gerador, unidade rebocável de iluminação, refletores, headlamp e lanternas comuns. O protocolo exige, ainda, a presença de militares com apitos para casos de novos desmoronamentos.”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse hoje (16) que Petrópolis teve sua pior chuva desde 1932. 

“Foram 240 milímetros em duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, disse Castro. O volume supera a média histórica atribuída a todo o mês de fevereiro que é, segundo a Defesa Civil municipal, de 238,2 milímetros.