Garoto espancado por casal morre e vizinhos ouviam as agressões


Foto: Reprodução/Record TV

Após dois dias internado no Hospital Regional de Cotia, na Grande São Paulo, Guillermo Antonio Ramos de Campos, de 4 anos, morreu nesta terça-feira (8).O menino foi espancado por um casal, que está preso. A informação foi confirmada pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) do município, onde o caso foi registrado.

Até o momento, a mãe de Guillermo não foi localizada. A suspeita, de 19 anos, amiga da mãe, e o marido dela, de 22 anos, moram em uma residência na rua Juiz de Fora, no Parque Turiguara. Na parte superior do imóvel, reside a vizinha. À noite, a moradora escutou gritos da criança e barulhos no andar inferior. Por volta das 22h, a agressora ligou questionando se a vizinha tinha gelo. Quando desceu, ela viu que o garoto estava desacordado.

Com a ajuda de um vizinho, ela socorreu a criança com diversos ferimentos pelo corpo e a levou até o Hospital Regional de Cotia. A equipe médica acionou a Polícia Militar por suspeitarem do que poderia ter acontecido.

Versão do casal

Segundo o boletim de ocorrência, o casal disse que Guillermo estava com eles há cerca de três semanas e que a mãe havia deixado a criança sob os cuidados da dupla com vários hematomas.

De acordo com a versão dos indiciados, o menino teria caído duas vezes e batido a cabeça. Na segunda queda, ele ficou desacordado, quando foi encontrado pela vizinha. Os vizinhos também relataram aos policiais que a mãe do menino é usuária de drogas e que, ocasionalmente, deixa o filho com o casal.

Agressões

Guillermo foi internado em estado grave. De acordo com a Polícia Militar, ele possuía escoriações antigas e recentes no rosto, braços, perna e joelho. Além de edema e lesão no quadril e no pênis. O garoto teve uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser reanimado, mas não respondia aos estímulos.

Segundo uma vizinha, a criança não via a luz do sol nem brincava e ficava trancada na cozinha e no banheiro da casa. As janelas, cortina e portas estavam sempre fechadas e o som alto. Ainda assim, era possível ouvir as agressões ao menino e quando batiam a cabeça dele.

“Eu vou te dar uma surra, olha pra mim, vou te sangrar, você tá ouvindo? Limpa esse chão logo, vai! Vai lavar tudo, você vai ficar de castigo, você tá me ouvindo?”, dizia a suspeita em uma gravação de áudio obtida pela Record TV.

R7