Bolsonaro diz que Lula na presidência seria ‘recondução do criminoso à cena do crime’

 


clima eleitoral já é visível. No primeiro evento do ano no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 12, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou críticas ao oponente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobrou até mesmo para a possível aliança entre o ex-presidente da República e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido). “Quando se fala que não tinha corrupção no passado, porque ‘eu saí da cadeia e voltou a estaca zero’, tinha corrupção. Dos R$ 100 bilhões que a Petrobras pagou de dívidas no ano passado, R$ 6 bilhões vieram de dinheiro de acordo de leniência e devolução por parte de delatores. Um só delator devolveu R$ 100 milhões. Da onde vem essa grana? E querem reconduzir a cena do crime o criminoso juntamente com Geraldo Alckmin? É isso que queremos para o nosso Brasil? Três anos de governo. Três anos na frente desse navio. Mas com dois anos de mar revolto”, disse Bolsonaro. O presidente ainda falou que não pode interferir na Petrobras e que isso ocorreu depois dos escândalos de corrupção na estatal. “Agora há pouco críticas. Aumento no preço do combustível. Eu posso interferir na Petrobras? Eu posso ligar para o Sílvio Luna e falar ‘não aumente’, se tem legislação, quase uma dezena de instituições que fazem o acompanhamento de tudo que lá? E isso tudo mudou depois que ela [a Petrobras] foi assaltada”, acusou.

Nesta quarta, uma nova pesquisa eleitoral foi divulgada. O estudo foi encomendado pela Quaest Genial Investimentos. A pesquisa foi feita com duas mil pessoas, nos 27 Estados da federação, entre os dias 6 e 9 de janeiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa ainda traz um outro detalhe: segundo os entrevistados Lula tem a preferência do eleitorado no quesito combate à corrupção. A pesquisa mostra que o petista lidera a corrida à presidência e venceria em todos os cenários de segundo turno simulados. Já no primeiro turno, Lula aparece com 45%, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro com 23%. O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) tem 9%, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) tem 5%, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) aparece com 3% e a senadora Simone Tebet (MDB) com 1%. Os demais pré-candidatos não pontuaram na pesquisa.