Auxílio Brasil injetará R$ 1,4 bilhão no comércio potiguar ao longo do ano


No total, 428.780 famílias receberão o benefício, que começou a ser pago esta semana.  

Com o início do pagamento das parcelas do Auxílio Brasil às famílias beneficiadas, aumentam as expectativas do setor de comércio relacionadas a movimentação econômica. O novo programa de transferência de renda do Governo Federal vai injetar R$ 1,47 bilhão por ano no Rio Grande do Norte, o que equivale a um incremento de quase 8% no valor médio anual faturado pelo varejo. 

Cerca de 65% das famílias potiguares receberão benefício, que possui valor mínimo de R$ 400. Por mês, isso significa uma movimentação em torno de R$ 171,5 milhões. Porém, nem todo o recurso pago deverá se transformar em consumo imediato. Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é de que, aproximadamente, 70% dos recursos serão gastos pelas famílias em compras. O restante dos recursos, entretanto, deverá se dividir entre o pagamento de dívidas (26%) e poupança (cerca de 4%).  

Para o setor, essa injeção de recurso tem potencial de representar o maior percentual desde 2013. Segundo o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, esses valores já haviam sido projetados pela Federação e tendem a ter um papel importante como indutor das vendas no país e no RN.  

“Pela característica socioeconômica dos beneficiários e, mais ainda, por suas condições financeiras atuais, setores como supermercados, hipermercados e farmácias tendem a ser os mais beneficiados com estes recursos não estando totalmente descartados crescimentos pontuais em segmentos como materiais de construção, móveis, artigos para casa, vestuário e eletroeletrônicos”, analisou.  

No cenário nacional, os números do Auxílio Brasil representam pelo menos 17,5 milhões de famílias atendidas, um total de R$ 84 bilhões na economia ao longo de 2022. Ou seja, R$ 59,16 bilhões no consumo imediato em todo território nacional.