Filho de 15 anos mata pai a tiros para salvar mãe de agressões

 


Um adolescente de 15 anos atirou e matou o próprio pai na noite de terça-feira (3), em um condomínio de luxo em Valinhos, no interior de São Paulo. Ele alegou legítima defesa e disse que efetuou os disparos para defender a mãe das agressões cometidas pelo pai. O homem, que tinha 42 anos e não teve a identidade revelada, era um empresário conhecido na cidade.

O adolescente foi quem ligou para a polícia, para relatar o que havia ocorrido. Ele e a mãe prestaram depoimento durante a madrugada e foram liberados em seguida. O garoto irá responder em liberdade.

De acordo com as autoridades, o pai chegou a tentar alcançar uma arma para revidar os tiros. Ele tinha histórico de violência doméstica e usava documentos falsos. Na casa foram encontradas mais oito armas, além da usada nos disparos, entre elas havia um fuzil e uma submetralhadora.

Segundo os autos, o empresário estava agredindo a mulher quando o filho tentou defendê-la. Ele foi ameaçado pelo pai com uma barra de ferro. O garoto disparou três vezes, e uma das balas atingiu o abdômen do homem.

Funcionários confirmaram a versão apresentada pelo menino, bem como o perfil violento e as constantes agressões do empresário à esposa.

– O empresário era uma pessoa violenta, ameaçava mãe e filho constantemente, e o tempo todo andava com uma arma na cintura, inclusive dentro de casa. Ontem houve mais uma discussão entre o casal, e o garoto pegou a arma e, com medo do que pudesse acontecer com a mãe, atirou contra o pai – explica Juliano Cerqueira, tenente da Polícia Militar.

Mesmo ferido, o homem correu até a garagem, onde havia uma arma dentro de um de seus carros.

– O garoto foi atrás porque, segundo ele, no veículo tinha outra arma, e o pai iria usá-la contra ele e a mãe. Nisso o adolescente efetuou mais dois disparos na direção do pai – acrescenta o tenente da PM.

A Polícia Civil recolheu todas as armas que estavam na casa. Os materiais serão periciados.

O caso foi registrado como ato infracional e homicídio em legítima defesa.

PLENO NEWS