Brasil perde para EUA e fica com prata no vôlei em Tóquio 2020

 


Antes da final deste domingo (8), o técnico José Roberto Guimarães reconheceu que não tinha o melhor time de Tóquio 2020. Ainda assim, as jogadoras iriam brigar muito pela terceira medalha de ouro da história do Brasil no vôlei olímpico.

Não foi o suficiente na derrota por 3 sets a 0 (com parciais de 25/21, 25/20 e 25/14) para os Estados Unidos. A equipe do técnico José Roberto Guimarães havia conquistado Pequim 2008 e Londres 2012 justamente sobre os EUA. A história, no entanto, foi diferente de um time que acumulava o amargo rótulo de três vice-campeonatos no total.

Com o segundo lugar na Ariake Arena, posição alcançada mais cedo também por Beatriz Ferreira no boxe, o Brasil encerra a sua participação em Tóquio 2020 com o recorde de 21 medalhas no total, duas a mais que na Rio 2016: sete ouros, seis pratas e oito bronzes.

Individualmente, Zé Roberto buscava a sua terceira medalha de ouro olímpica (uma à frente do time masculino, em Barcelona 1992 e todas as outras com o time feminino). As sucessivas coçadas nos cabelos brancos, de quem completou 67 anos justamente durante a competição, indicavam que algo não saia bem.

  A pequena, porém barulhenta torcida brasileira que estava presente, em geral integrantes das delegações brasileiras ainda na capital japonesa, inclusive incentivou ao entoar uma adaptação da música Eu te amo, meu amor, eternizada na voz de Sidney Magal.

Na versão torcedora, a letra dizia “Zé, eu te amo / Zé, eu te amo, meu amor”. O Brasil começou a partida tenso com a pressão do jogo. Tanto que os EUA chegaram a abrir 4 a 0.

Outra sequência de erros bobos do sistema defensivo, saque na rede e erro no tempo de bola fizeram o set ser desperdiçado. No segundo set, a atacante Michelle Bartsch-Hackley ganhou a companhia de Andrea Drews na imensa produção ofensiva.

O terceiro set foi o pior do Brasil. Fernanda Garay, Natália e Gabi se esforçavam em virar as bolas, mas encontravam um ótimo sistema defensivo do outro lado do piso laranja.

Rosamaria, que havia substituído à altura Tandara, cortada por “potencial violação da regra antidopagem”, desta vez esteve muito bem marcada.

No final, claro, a decepção pela derrota. Junto do choro, o reconhecimento de que os EUA tinham o melhor time para ficar com o título olímpico.

Fonte: R7