Certificação garante pureza de leite de búfala e derivados há 21 anos



Produtos, atestados pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalo, possuem qualidades nutricionais superiores e são de mais fácil digestão


 
Está completando 21 anos o Selo de Pureza que a Associação Brasileira de Criadores de Búfalo (ABCB) outorga a laticínios que utilizam exclusivamente leite de búfala na produção de seus derivados. A certificação oferece ao consumidor a garantia de adquirir no varejo, por exemplo, o verdadeiro queijo mozzarella, da mesma forma como é fabricado no seu berço, a Itália, há mais de 500 anos – com puro leite de búfala.

Em constante evolução na sua trajetória iniciada em 2000 e que já entrou na terceira década, o programa “Selo de Pureza 100% Búfalo” da ABCB submete as amostras de leite dos laticínios credenciados à análise de uma instituição de alta credibilidade, fundada em 1905: o Instituto de Zootecnia (IZ), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Laticínios de diferentes Estados e regiões do país detêm a certificação da ABCB e comercializam seus produtos em todo o país. “Com o Selo de Pureza, damos ao consumidor a certeza de estar consumindo leite 100% de búfala, que tem, conforme comprovação científica, poder nutritivo superior”, diz o presidente da ABCB, Caio Vinícius Di Helena Rossato, formado em medicina veterinária.

O leite de búfala é mais rico em cálcio, fósforo, vitaminas e proteínas. Outra característica importante para a saúde: tem menos colesterol. No paladar, os produtos lácteos derivados de leite de búfala se diferenciam pelo sabor e maciez, caso da burrata, cujo consumo é crescente.

Pesquisas genéticas mostram que o leite de búfala é naturalmente do tipo A2A2, portanto, de mais fácil digestão, constituindo-se em alternativa viável para as pessoas com intolerância ao alimento do bovino.

“O Selo de Pureza da Associação Brasileira de Criadores de Búfalo é muito bacana, muito legal”, avalia o diretor técnico do Laboratório de Referência em Biotecnologia da Produção Animal do Instituto de Zootecnia, o médico veterinário Anibal Eugênio Vercesi Filho, doutor em Ciência Animal. Segundo ele, na hipótese de haver mistura de leite bovino ao de búfala, a análise no laboratório detecta mesmo que o percentual seja baixíssimo, de 0,5% a 1%.

O presidente da ABCB ressalta a importância do Selo de Pureza para a cadeia produtiva, relacionando-o ao crescimento anual da captação do leite de búfala, que passou de cerca de um milhão de litros para 10 milhões de litros entre 2001 e 2020; a mesma ordem de grandeza vale para o processamento do leite, de acordo com Caio Rossato.

Possuem o Selo de Pureza as seguintes empresas credenciadas junto à ABCB, cujos produtos cobrem o território nacional: Laticínio Búfalo Dourado (Dourado/SP), Família Rossato (Pilar do Sul/SP), Laticínio Montezuma (São João da Boa Vista/SP), Laticínio Oro Bianco (Guaratinguetá/SP), Laticínio Vero Late (Registro/SP), Laticínio Jaborandi (Alambari/SP), Laticínio Bom Destino (Morro do Ferro/MG), Laticínio Laguna (Paracuru/CE), Laticínio Natal (Salvador/BA), Tapuio Agropecuária (Taipu/RN) e Laticínio Karanã (Belém/PA).

Para se credenciar ao Selo de Pureza da Associação Brasileira de Criadores de Búfalo, o laticínio interessado precisa ser fiscalizado por um serviço de inspeção, seja municipal, estadual ou federal. Mais informações: bufalo@bufalo.com.br ou pelo (11) 95606 8077 (whatsapp).