Prefeito de Natal pede que população siga decreto de isolamento rígido: 'Limite chegou'

 


O prefeito de Natal defendeu a necessidade do decreto de isolamento rígido publicado em conjunto com o governo do estado nesta quinta-feira (18) e disse que haverá fiscalização para cumprimento das medidas. Álvaro Dias (PSDB) pediu apoio da população às regras e afirmou que tentou ao máximo manter o comércio funcionando, mas considera que o sistema de saúde chegou à beira de um pré-colapso.

"Ninguém mais do que eu quis preservar o comércio funcionando, preservar os empregos, preservar as atividades econômicas, mas chega um momento que tudo tem limite. O limite chegou. É preciso preservar a vida das pessoas. O momento é grave, é difícil, a situação está complicada, nós estamos no pré-colapso e essas medidas são necessárias para controlar a situação, senão fica incontrolável", disse o prefeito.

O decreto tem validade do próximo sábado (20) até o dia 2 de abril. Durante esse período, apenas atividades consideradas essenciais poderão funcionar em todo o estado. As afirmações do prefeito foram feitas no início da tarde desta quinta (18), durante entrevista coletiva na sede da prefeitura.

Álvaro Dias afirmou que as regras foram discutidas com o governo do estado e com o Ministério Público e reconheceu que as medidas causam dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo, considerou que, as perdas econômicas podem ser revertidas, enquanto as vidas perdidas não podem ser recuperadas.

De acordo com o prefeito, se nenhuma medida fosse tomada, o sistema de saúde chegaria a um colapso, não podendo mais atender pessoas com Covid-19 ou outras doenças.

"É preciso que as pessoas tenham consciência da gravidade do momento que estamos passando. O vírus sofreu mutações, é mais resistente, é agressivo, ele provoca uma doença de uma gravidade maior do que vinha acontecendo. Eu sei que nós vamos criar e provocar dificuldades fechando o comércio e algumas atividades não essenciais. Mas é importante que todos tenham consciência que as dores maiores, os sofrimentos maiores, seriam acarretados com as mortes que adviriam dessa irresponsabilidade se nós não tomássemos essa medida. Eu sei que não é fácil. Mas a dificuldade financeira se recupera depois. Vidas, nunca mais", declarou.

Propostas para economia

O prefeito afirmou que ainda vai discutir com a equipe econômica do município e com o governo do estado ações para tentar atender às necessidades dos empresários e trabalhadores, como isenções, incentivos fiscais, entre outras.

Álvaro Dias ainda afirmou que, passado o prazo do decreto, até dia 2 de abril, prefeitura e governo vão avaliar o cenários epidemiológico e poderão "afrouxar" ou tomar medidas ainda mais restritivas.

"É preciso que não paire nenhuma dúvida da necessidade de fazer o que fizemos. Fiz e faria de novo. O momento é grave. O momento é difícil. As pessoas correm risco de vida e nós não tínhamos outra alternativa para escolher", declarou.

G1RN