“Nocaute”: filme potiguar estreia neste mês de fevereiro

 


O projeto Nocaute nasceu como um espetáculo de teatro em 2018, idealizado por Rogério Ferraz, e ao longo do tempo a obra cênica foi abrindo espaço para um produto audiovisual. A dramaturgia original de César Ferrario foi adaptada para um roteiro escrito por João Marcelino, que também assina a direção e a direção de arte do filme. O roteiro contou com a consultoria do cineasta Matheus Arruda, de Recife (PE), pesquisador do cinema latino-americano sob a ótica de “El Santo”, figura folclórica do México, que ao longo de três décadas realizou cerca de 50 filmes sobre o ofício de ser lutador. O média-metragem tem sua estreia oficial prevista para acontecer entre os dias 08 e 13 de fevereiro no Festival Cine Seridó, onde o filme foi selecionado por uma curadoria especializada da área cinematográfica.

Nocaute foi gravado entre agosto e setembro de 2020 no TECESOL – Território de Educação, Cultura e Economia Solidária, e contou com a participação de 12 profissionais do audiovisual e das artes cênicas, compondo uma equipe que utilizou todos os protocolos de segurança e medidas de proteção da COVID-19.

O protagonista Rogério Ferraz fala dos desafios vividos pelo seu personagem: “Nocaute é a história de ascensão e queda do personagem Johnny. Um lutador no fim de sua carreira, que já foi campeão, viveu no passado sua Gloria, e conquistou fama. Mas a vida vai mostrando que a força física não é suficiente para ele continuar vitorioso, então vive a experiência da derrota. Sucessivas derrotas o levam a loucura e a depressão, nesse mundo que o obriga a criar seus próprios heróis.”

O diretor João Marcelino ressaltou a importância da equipe no processo de criação do filme: “Esse filme é uma obra tocada por muitos artistas, mas foi Rogério Ferraz quem sonhou e me trouxe para dentro de seu sonho. Sonhamos uma peça, que foi escrita por César Ferrario e que virou filme, por mim adaptada e dirigida“.

Arlindo destacou a importância de ter um espaço para que a arte potiguar possa se desenvolver e se aprimorar: “O projeto reafirmou o potencial criativo e produtivo do TECESOL, que abrigou 3 sets de filmagens funcionando ao mesmo tempo, a força que o espaço já demonstrava para as artes cênicas, representou sua potência para o audiovisual”.

O projeto do filme Nocaute tem o patrocínio Lei Aldir Blanc – Fundação José Augusto, na categoria de finalização, e conta com o apoio dos estúdios: MEGAFONE e HSTÚDIORN, responsáveis pelo desenho de som e trilha sonora do filme, respectivamente; e o apoio do SEBRAE-RN, através do Edital Economia Criativa 2020.

SINOPSE

Johnny é um brasileiro comum, que tenta vencer as batalhas da vida, e suas próprias questões pessoais no ringue, seja ele separado por 4 cordas ou por onde a visão alcança. O veterano lutador, compreende ao longo de sua jornada, que apesar dos sucessivos nocautes, não há espaço para perdas. A cada round, sua própria floresta interior, começa a perfazer um caminho particular que pode levá-lo, quem sabe, a libertação ou a própria morte.