Covid-19: Governo prevê vacinação 5 dias após aval da Anvisa e entrega das doses
O Ministério da Saúde informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (15), que a previsão do governo é de iniciar a vacinação contra a covid-19 dentro de um prazo de cinco dias após o registro ou autorização das doses pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e entrega dos lotes iniciais. A informação consta em parecer enviado pela Advocacia Geral da União (AGU) ao STF a pedido do ministro Ricardo Lewandowski.
Conforme o documento, a vacinação no Brasil deve ser finalizada em 16 meses. Serão 4 meses para imunizar os grupos prioritários e 12 meses para aplicar vacina na "população em geral". No entanto, o texto não apresenta datas precisas – o governo reafirma que isso será definido apenas quando a Anvisa emitir aprovação para o o uso das vacinas no país.
De acordo com o plano, a distribuição dos grupos se dará em quatro fases:
- 1ª fase: trabalhadores de saúde, pessoas com mais de 75 anos, pessoas de 60 anos ou mais que estejam em instituições de longa permanência e indígenas (29.909.040 doses)
- 2ª fase: pessoas entre 60 e 74 anos que não estejam institucionalizadas (44.830.716 doses)
- 3ª fase: pessoas com comorbidades (26.590.034 doses)
- 4ª fase: professores do nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e trabalhadores do sistema prisional (7.012.572 doses)
Passados os quatro primeiros meses, caso o cronograma seja mantido, passam a contar os 12 meses para vacinação da população em geral. Segundo a AGU, esse prazo dependerá da disponibilidade de vacinas.
"É imprescindível salientar que, no que concerne ao término do plano, a indicação do prazo para aplicação da 2ª dose será em conformidade com aquela prevista pelo bulário do produtor da vacina", afirma o governo.
"Até o presente momento, encontram-se, no país, quatro vacinas em fase III de teste, quais sejam: AstraZeneca, Jansen, Sinovac e Pfizer. Ao que consta, nenhuma delas solicitou registro emergencial até a presente data no país”.
O governo ainda informou que serão realizadas revisões periódicas no plano, inclusive em face dos imunizantes que vierem a ser incorporadas ao SUS efetivamente. Disse também que a população carcerária e os indígenas serão assistidos.
Fonte: G1