Hospital Municipal de Natal deixa de atender Covid-19 e volta a receber casos clínicos e cirúrgicos


O Hospital Municipal de Natal (HMN) deve deixar de atender pacientes de Covid-19 e voltar a atender apenas casos clínicos e cirúrgicos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal, a decisão foi tomada levando em consideração a redução de internações por coronavírus na unidade. A reabertura do hospital para atendimento geral deve acontecer nos próximos dias.

Essa semana, 9 pacientes que estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes Covid, já foram transferidos para o Hospital de Campanha. A previsão é que todos os outros pacientes que continuam internados no HMN, também sejam encaminhados para a unidade.

Antes de voltar a atender casos clínicos, a unidade passará por uma desinfecção e vai atuar com 25 leitos de UTI e 50 leitos de enfermaria para casos clínicos e cirúrgicos. E ainda vai contar com 2 leitos de retaguarda Covid, reservados por precaução, caso seja necessário, segundo o município.

A SMS de Natal alegou que, de acordo com os últimos boletins epidemiológicos, há uma desaceleração no número de casos suspeitos e confirmados para Covid-19 na capital. Além disso, foi registrada uma queda no número de internações nos leitos da atenção especializada, montados para o tratamento da doença. Por outro lado, houve aumento no atendimento de outras patologias nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Diante dos números, a Secretaria reuniu diretores das unidades que realizam atendimento de pacientes com a Covid ( Hospital de Campanha, Hospital dos Pescadores e Samu) e com a coordenação da rede de urgência e emergência da capital. Na reunião ficou definido que o fluxo para o tratamento da Covid vai priorizar o Hospital de Campanha e o Hospital dos Pescadores.

Reestruturação da rede
Segundo o município, ao mesmo tempo em que diminuiu a procura por atendimento para a Covid-19, houve aumento no atendimento das UPAs – Unidades de Pronto Atendimento - para tratamento de outras doenças. Por isso, houve uma reestruturação da rede hospitalar do município.

“Percebemos a mudança no perfil dos pacientes. O Hospital de Campanha, atualmente, funciona com menos de 50% de sua capacidade de internação e o Hospital Municipal também. Então, a partir de agora, de forma sistemática e em etapas, vamos concentrar as internações para tratar à Covid-19 no Campanha e no Hospesc, assim vamos otimizar recursos e, ao mesmo tempo, tratar os pacientes de outras doenças”, disse.

Segundo o monitoramento realizado pelo Departamento de Vigilância em Saúde, 86,6% das pessoas que tiveram Covid-19 na capital estão recuperadas, 9,1% estão em isolamento domiciliar, 0,6% estão hospitalizados e 3,7% faleceram.

G1 RN