Em ato, servidores da Saúde cobram melhoria de condições de trabalho e pedem para a população ficar em casa em Natal
Protesto dos servidores da saúde em Natal — Foto: Luiz Gustavo Ribeira/Inter TV Cabugi
Os servidores da saúde que atuam no combate ao novo coronavírus nas unidades do Rio Grande do Norte fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (12). Segurando cruzes e cartazes que pediam valorização da categoria e endurecimento das medidas de isolamento, os profissionais da saúde se reuniram na frente do Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal.
A categoria cobra um aumento no fornecimento de equipamentos de segurança individual como máscaras e capotes, testes para diagnóstico da Covid-19 para todos os servidores que estão lidando diretamente com os pacientes contaminados com a doença, além do pagamento de salários atrasados referentes ao ano de 2018 e adicionais de insalubridade.
"Estamos usando uma máscara N95 por até 14 dias quando o ideal seria usá-la por um turno. Os EPIs que recebemos não têm boa qualidade e alguns não são impermeáveis. Os profissionais que tiveram contato com outros servidores afastados por Covid-19 não estão sendo testados. É complicado porque nós estamos correndo risco de levar o vírus os nossos familiares em casa", destaca diretor-geral do Sindsaúde Manoel Egídio.
O Sindicato dos Servidores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), representado por Manoel Egídio, é favorável ao endurecimento das normas de isolamento social. Segundo o órgão, o Hospital Walfredo Gurgel, que é especializado em atendimento de traumas, vem registrando aumento nos procedimentos cirúrgicos.
"Nessas últimas semanas, estamos atendendo muita gente que sofreu acidente de trânsito e também vindas de ocorrências policiais. É sinal de que mais gente está nas ruas depois da flexibilização do comércio. A gente tem contato com essas pessoas e não sabemos o histórico delas. Por isso a gente faz esse apelo para que as pessoas fiquem em casa", completa Manoel Egídio.
A reportagem do G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para repercutir a denúncia dos servidores e aguarda a resposta da pasta, que prometeu se pronunciar por meio de nota.