Porteiro nega autorização de Bolsonaro para suspeito entrar em condomínio



O porteiro que citou o presidente da República nas investigações da morte de Marielle Franco falou ontem à PF (Polícia Federal). No novo depoimento, ontem, ele não confirmou a versão dada à Polícia Civil em outubro — a de que Jair Bolsonaro havia liberado a entrada no condomínio onde mora para um dos acusados do assassinato. 
Em 7 e em 9 de outubro, o porteiro disse que foi "seu Jair" quem autorizou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, horas antes de Marielle e o motorista Anderson serem baleados.
Registros da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro, então deputado federal, estava em Brasília no momento da ligação.
O depoimento à PF foi colhido em inquérito aberto a pedido do ministro Sérgio Moro (Justiça). A pedido dele, o procurador-geral da República Augusto Aras determinou que o porteiro seja investigado por possível prática dos crimes de de obstrução de justiça, falso testemunho, denunciação caluniosa e por ter violado um artigo da Lei de Segurança Nacional, promulgada durante a ditadura militar. A medida foi criticada por parlamentares da oposição. 
Fonte: Uol