Sem reforma, desemprego estaria bem pior, diz presidente da Fecomércio RN


O presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, avaliou nesta terça-feira, 26, que, apesar de a reforma trabalhista estar em vigor desde novembro e o número de desempregos no Brasil continuar alto, a situação “estaria bem pior” se a nova legislação não estivesse vigente.
“A reforma trabalhista chegou em um momento de crise e ainda não deu os resultados que se esperam, mas se ela não houvesse entrado em vigor, estaria muito pior. Fechamos muitas lojas no Brasil, mas outros estados estão tendo recuperações mais rápidas, só que, infelizmente o Rio Grande do Norte está passando por uma crise mais acirrada”, disse Queiroz em entrevista concedida ao programa Jornal Agora, apresentado pelos jornalistas Alex Viana e Anna Karinna Castro, na rádio Agora FM (97,9).
De acordo com Marcelo Queiroz, em 2018, o Rio Grande do Norte fechou o ano com vendas positivas em 5,7%. O número, contudo, não é o suficiente o bastante para o presidente da Fecomércio.
“Esperávamos crescer 10%, porque de 2014 a 2016 tivemos uma queda total de 18%. Ainda temos 12% para recuperar. A mesma coisa acontece no emprego. Perdemos 24.500 empregos nesse período. Em 2018 tivemos um crescimento de 5 mil empregos, e aí ficamos com um déficit de 18 mil. Isso mostra que temos uma grande ladeira para subir nessa retomada”.
Marcelo Queiroz analisou a crise econômica pela qual passa o Governo do Rio Grande do Norte e afirmou que ela tem sido decisiva para a falta de evolução na economia do Estado.
“A governadora Fátima Bezerra (PT) recebeu o governo com quase quatro folhas negativas. A dificuldade financeira do governo é basicamente a folha e o déficit com fornecedores. Está o funcionário sem receber, e a empresa sem receber. Isso deixa nossa economia difícil. Se não tem dinheiro para pagá-los, não vai ter para investimentos e infraestrutura, que geram mais empregos”, observou.

AGORA RN