Estado lidera ranking de obesos no Nordeste

Complicações em decorrência do excesso de peso são cada vez mais preocupantes no  Rio Grande do Norte. O estado lidera o ranking da Região Nordeste com o maior índice de pessoas obesas e com sobrepeso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, divulgada ontem pelo IBGE. A pesquisa foi feita em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. 

O estudo mostra que 58,3% dos potiguares têm excesso de peso, enquanto 21,1% eram obesos no ano de referência da pesquisa. O Estado ocupa a oitava colocação e a 12ª posição no ranking nacional, quanto aos índices de excesso de peso e obesidade, respectivamente. Desde 2002, quando o IBGE começou a medir através de amostragem, os dados mostram uma evolução no problema de obesidade. E mais:  refletem os riscos à saúde e os gastos em relação aos tratamentos dessa parcela de obesos - um prognóstico nada favorável à saúde pública. 
Entre os homens, a obesidade saltou de 9,3% em 2002-2003 para 17,5% em 2013, no país; enquanto, entre as mulheres, esse índice saltou de 14% para 25,2%. O crescimento desses índices é acentuado no Rio Grande do Norte, entre o público feminino. Aqui, 25,1% das mulheres são consideradas obesas, contra 16,6% dos homens.

Com excesso de peso desde criança e histórico familiar de doenças cardíacas, o jornalista Ilo Aranha conta que, até então, não tinha problemas de saúde. “Sempre fiz musculação, atividade física e  reeducação alimentar, cheguei a perder 36 quilos há cinco anos, sem remédios. Mas sofro com o efeito sanfona”, afirma Ilo. 

Em dieta há quase um mês e com oito quilos a menos, ele aguarda uma bateria de exames médicos para voltar a atividade física. “Foi um susto. Não é uma questão de cuidar apenas da estética, mas de saúde”,  conta. O representante comercial Gutemberg Palhares, de 45 anos,  tem consciência que precisa de um tratamento rigoroso para controlar o peso. Com 192 quilos e 1,85 de altura, o IMC está acima de 46. O quadro de obesidade mórbida levou a hipertensão leve, já controlada, e doenças mais graves, como quadro de depressão. Palhares não cogita se submeter a cirurgia bariática. “A meta é a  reeducação alimentar e a busca por um ritmo de vida menos acelerado”. 
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