Cunha autoriza criação de CPIs para investigar BNDES e fundos de pensão
Após anunciar o rompimento político com o governo, o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou hoje
(17) a criação de quatro comissões
parlamentares de inquérito (CPI). Elas vão investigar os empréstimos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), supostas irregularidades
nos fundos de pensão das estatais, maus-tratos contra animais e crimes
cibernéticos no país.
O foco da CPI do BNDES são os empréstimos concedidos a
empreiteiras e outras empresas investigadas na Operação Lava Jato. Entre 2003 e
junho de 2014, o banco concedeu financiamentos de R$ 2,4 bilhões para essas
empresas. Também serão investigados os empréstimos para empresas do ramo de
frigorífico e em favor de empresas do Grupo do empresário Eike Batista, além
dos empréstimos concedidos a outros países como Angola e Cuba, cujas
informações foram classificadas como secretas.
A CPI dos Fundos de Pensão, apesar de ter a criação
autorizada, ela só poderá funcionar após encerramento dos trabalhos da CPI do Sistema
Carcerário, previsto para o início de agosto. Pelo Regimento da Câmara, apenas
cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Além das quatro criadas hoje,
atualmente funciona a CPI da Petrobras.
O alvo da CPI será a Fundação dos Economiários Federais
(Funcef), a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), a Caixa de
Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Câmara dos
Deputados e do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos
(Postalis).