Projeto de Robinson Faria que trata da qualificação da mão de obra feminina é aprovado na AL

Deputado Robinson Faria

Em mais de 80% dos países, em todo o mundo, número de mulheres é maior em relação ao número de homens e as conseqüências dessa realidade sobre a sociedade, seu modo de viver, o mercado de trabalho e a condução dos destinos do país tem sido objeto de muitos estudos políticos e de gênero em todo o Brasil.

Um dos focos desses estudos é justamente a grande quantidade de mulheres no mercado de trabalho e responsáveis pelo sustento do lar. Essa grande mudança, ocorrida a partir da década de 1970 é decorrente, sobretudo da necessidade de aumentar o ganho familiar associado às modificações no processo produtivo e na organização do trabalho que levou à criação de novos postos.
Desde então, o número de famílias pobres chefiadas por mulheres já alcança 25% do universo brasileiro.
Nas últimas duas décadas, os postos de trabalho tem exigido cada vez mais qualificação, até mesmo em funções que antes admitiam pouca escolaridade ou preparo.
Assim, apesar da necessidade e da vontade de ascender na carreira ou obter um emprego, muitas mulheres, em nosso Estado ficam à margem do mercado de trabalho por ausência da qualificação requerida.
Isso contribui para outro grave fator estatístico: as taxas de desemprego e subemprego entre as mulheres são superiores às dos homens. Ou seja, apesar do número crescente de mulheres no mercado de trabalho, essa presença tem se limitado a engrossar a categoria de trabalhos “menos favorecidos”.
O Programa Integrado de Qualificação da Mão de Obra Feminina do RN, idealizado pelo deputado Robinson Faria, tem como foco as mulheres arrimo de família que estejam desempregadas, ou em situação precária de trabalho, e ainda aquelas que foram obrigadas a procurar o mercado de trabalho ou a ele retornar em razão de condenação criminal de seu esposo ou companheiro, que serão cadastradas à medida que demonstrem interesse em participar do Programa.
“Acredito que o aparato estatal do Rio Grande do Norte tenha recursos suficientes para, por intermédio de sua Secretaria relacionada ao tema, mover seu interesse no sentido de mudar essa realidade”, afirma o deputado Robinson Faria, autor da proposta.
Da mesma forma, serão cadastradas empresas públicas ou privadas, órgãos ou entidades, universidades, Associações e ONGs e outros que aceitem funcionar como parceiros nesta iniciativa.