Derrubada de vetos ao OGE é recado político para Wilma de Faria
Por Diógenes Dantas
A derrubada dos nove vetos da governadora Wilma de Faria ao Orçamento Geral do Estado é um recado político do grupo do deputado Robinson Faria.
Desconfiados de que Wilma já entregou boa parte das ações de governo ao vice-governador Iberê Ferreira de Souza, os deputados que apóiam o projeto eleitoral de Robinson Faria resolveram sinalizar que a governadora não terá vida fácil na Assembleia Legislativa daqui pra frente.
Em outras palavras, a base do governo passou a ficar instável, correndo o risco de desintegrar-se. Para ver aprovado um projeto na Assembleia, o governo terá de rebolar as cadeiras.
Essa queda-de-braço no Orçamento do Estado começou com a redução no percentual para remanejamento das verbas orçamentárias sem que o governo precisasse do aval da Assembleia. Era de 25%, passou para 5%.
Wilma e sua equipe subiram nos tamancos. A governadora chegou a bater de frente com Robinson Faria em sessão solene da casa.
Em resposta, Wilma vetou 9 emendas ao Orçamento, entre as quais uma que destinava recursos para o Ministério Público e outra para o TJ - Tribunal de Justiça.
A corda esticou. E os deputados decidiram fazer valer suas prerrogativas. Ou seja, derrubaram todos os vetos da governadora.
Governo forte é governo novo, já dizia o sábio da política. A governadora Wilma de Faria já começa a ouvir os estertores de sua própria gestão que entra na reta final. Situação que se agrava pela disputa interna em torno de sua sucessão.
Robinson e seus apoiadores já sentiram que a governadora não tem como barrar o projeto político do vice Iberê Ferreira. Por um motivo muito simples: Iberê vai sentar na cadeira dela. Depois que deixar o governo, Wilma vai precisar mais do vice do que o presidente da Assembleia.
Daqui a um ano, a Assembleia será problema de Iberê e não dela, deve pensar Wilma. Eles que se entendam. Já o governo é problema dela. Numa disputa difícil contra adversários de peso, Wilma de Faria não pode se dar ao luxo de contrariar o vice-governador Iberê Ferreira. Esse é o nó da questão.
Ao dificultar a vida de Wilma, os deputados também sinalizam tempos difíceis para Iberê Ferreira. O limite no remanejamento de verbas é um deles. O vice-governador precisará de muito jogo de cintura para aprovar no ano que vem, ano da eleição, um orçamento que lhe dê condições de mostrar em cinco meses o que pode realizar em 4 anos, caso reeleito.
E pelo visto, o deputado Robinson Faria não vai dar mole.
O clima de desconfiança entre Robinson e Wilma é grande. Fala-se numa pesquisa de opinião guardada a sete chaves em que o deputado do PMN teria crescido na preferência do eleitorado para o governo. Já Iberê não teria tido um bom desempenho, segundo o zunzunzum.
Cadê a pesquisa? A pergunta não quer calar entre os apoiadores de Robinson.
O presidente da Assembleia aposta justamente na opinião pública para contornar uma tendência do wilmismo pró-Iberê.
O vice-governador é homem experiente. Iberê vai segurar toda e qualquer informação que prejudique seu projeto político. Essa é uma guerra que o vencedor ganhará no detalhe.
Robinson Faria deverá buscar alternativas a Wilma. Deverá ser visto sozinho na caça aos votos e apoios. Iberê deverá colar mais ainda na governadora.
Quem está achando ótimo é o grupo de José Agripino e de Rosalba Ciarlini. Quanto mais a base governista se enfraquecer, melhor para Rosalba.
É o que está pintando nas ruas.
Desconfiados de que Wilma já entregou boa parte das ações de governo ao vice-governador Iberê Ferreira de Souza, os deputados que apóiam o projeto eleitoral de Robinson Faria resolveram sinalizar que a governadora não terá vida fácil na Assembleia Legislativa daqui pra frente.
Em outras palavras, a base do governo passou a ficar instável, correndo o risco de desintegrar-se. Para ver aprovado um projeto na Assembleia, o governo terá de rebolar as cadeiras.
Essa queda-de-braço no Orçamento do Estado começou com a redução no percentual para remanejamento das verbas orçamentárias sem que o governo precisasse do aval da Assembleia. Era de 25%, passou para 5%.
Wilma e sua equipe subiram nos tamancos. A governadora chegou a bater de frente com Robinson Faria em sessão solene da casa.
Em resposta, Wilma vetou 9 emendas ao Orçamento, entre as quais uma que destinava recursos para o Ministério Público e outra para o TJ - Tribunal de Justiça.
A corda esticou. E os deputados decidiram fazer valer suas prerrogativas. Ou seja, derrubaram todos os vetos da governadora.
Governo forte é governo novo, já dizia o sábio da política. A governadora Wilma de Faria já começa a ouvir os estertores de sua própria gestão que entra na reta final. Situação que se agrava pela disputa interna em torno de sua sucessão.
Robinson e seus apoiadores já sentiram que a governadora não tem como barrar o projeto político do vice Iberê Ferreira. Por um motivo muito simples: Iberê vai sentar na cadeira dela. Depois que deixar o governo, Wilma vai precisar mais do vice do que o presidente da Assembleia.
Daqui a um ano, a Assembleia será problema de Iberê e não dela, deve pensar Wilma. Eles que se entendam. Já o governo é problema dela. Numa disputa difícil contra adversários de peso, Wilma de Faria não pode se dar ao luxo de contrariar o vice-governador Iberê Ferreira. Esse é o nó da questão.
Ao dificultar a vida de Wilma, os deputados também sinalizam tempos difíceis para Iberê Ferreira. O limite no remanejamento de verbas é um deles. O vice-governador precisará de muito jogo de cintura para aprovar no ano que vem, ano da eleição, um orçamento que lhe dê condições de mostrar em cinco meses o que pode realizar em 4 anos, caso reeleito.
E pelo visto, o deputado Robinson Faria não vai dar mole.
O clima de desconfiança entre Robinson e Wilma é grande. Fala-se numa pesquisa de opinião guardada a sete chaves em que o deputado do PMN teria crescido na preferência do eleitorado para o governo. Já Iberê não teria tido um bom desempenho, segundo o zunzunzum.
Cadê a pesquisa? A pergunta não quer calar entre os apoiadores de Robinson.
O presidente da Assembleia aposta justamente na opinião pública para contornar uma tendência do wilmismo pró-Iberê.
O vice-governador é homem experiente. Iberê vai segurar toda e qualquer informação que prejudique seu projeto político. Essa é uma guerra que o vencedor ganhará no detalhe.
Robinson Faria deverá buscar alternativas a Wilma. Deverá ser visto sozinho na caça aos votos e apoios. Iberê deverá colar mais ainda na governadora.
Quem está achando ótimo é o grupo de José Agripino e de Rosalba Ciarlini. Quanto mais a base governista se enfraquecer, melhor para Rosalba.
É o que está pintando nas ruas.