Escuta telefônica é quase tão antiga quanto o próprio telefone
Quem se surpreende com a quantidade de grampos telefônicos recentemente descobertos em Brasília talvez não imagine que a prática de espionar a conversa alheia é quase tão antiga quanto a própria invenção do telefone, em 1876.
“Em 1918, por exemplo, militares dos Estados Unidos perceberam que suas conversas estavam sendo escutadas. Recrutaram então índios para transmitir os dados confidenciais em sua língua nativa, que não era entendida pelos interceptadores”, conta ao G1 David Owen, autor do livro “Hidden Secrets: The Complete History of Espionage and the Technology Used to Support it” (Segredos escondidos: a história completa da espionagem e a tecnologia usada para apoiá-la).
Aparentemente, não há um primeiro caso de grampo documentado. Mas fazer uma escuta é tão fácil que em pouco tempo elas se transformaram em um recurso importante para governos e agências de espionagem. “Basta ter um receptor telefônico e dois cabos com dois ‘clipes’ para conectar ao circuito. A única dificuldade é encontrar a linha certa para interceptar”, explica Owen. Tanto que o FBI, criado em 1908, sempre foi um grande usuário dessa técnica de espionagem.
Fonte G1