Prisão é temporária, diz advogado do filho da governadora

A Polícia Federal, que cumpre mandados de prisão e busca e apreensão no Rio Grande do Norte e Paraíba, deflagrando a Operação Hígia, continua ocupando o prédio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Agentes estão espalhados pelos 8°, 10° e 11° andares, no gabinete e setores administrativo e financeiro.
Já na Superintendência da Polícia Federal, encontra-se preso o filho da governadora Wilma de Faria, o assessor parlamentar Lauro Maia. Também já foram apreendidos, durante a operação, quatro veículos luxuosos. O advogado do acusado, Erick Pereira, disse à imprensa que trata-se de uma prisão temporária, para colher informações e depoimentos.
Ele informou que há um inquérito envolvendo o nome da deputada Jane Alves e que o assessor deverá ser ouvido pela Justiça a respeito dessas investigações. O advogado reclamou da prisão e disse não achar correto prender Lauro Maia, já que o próprio juiz teria dito que o caso está para ser concluído.
Cerca de 190 policiais, em ambos os estados, estão trabalhando para o cumprimento de 13 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte. A Operação Hígia envolve mais de 10 crimes, segundo a Polícia Federal, incluindo fraude de licitações públicas, formação de quadrilha e corrupção.
Os contratos eram celebrados e prorrogados mediante o pagamento de vantagens pecuniárias indevidas a servidores públicos, estando configurado também o tráfico de influência exercido por agentes políticos da região.
As investigações giram em torno de contratos da Saúde, relacionados a higienização hospitalar. Desde 2005, segundo a PF, um monitoramento tem sido feito a respeito do caso, que já tem contabilizado um valor estimado em R$ 36 milhões em contratos fraudulentos.

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