Foi bom, meu bem

*Por Rubens Lemos Filho - Jornalista e Abcedista

O resultado, na estatística, foi normal. Tem gente que vai achar até bom. Claro, o ABC perdeu para o Corinthians. Que está na Série B também com um elenco talvez tão medíocre quanto o do meu Vasco.
Depois que Marina Elali terminou de cantar o Hino Nacional, cessou o encanto proporcionado por uma torcida fantástica. O ABC deu um chute no primeiro tempo, numa falta cobrada por Eder que o bom e prepotente goleiro segurou para esnobar Ben-Hur no lance. Márcio Hahn, a sapiência do time, levou duas porradas e desapareceu. Eder deu dribles de pai -véio, para os lados, especialmente.
Os dois alas do ABC se superaram. Bosco e Rogerinho – este que vinha tão bem , abriram duas avenidas no Maria Lamas. Foi no espaço de Rogerinho, que Lulinha se criou.
Pergunto – por que tenho voz -, pra quê os 7.838 zagueiros e volantes se Douglas, comum herdeiro da 10 de Rivellino, Sousa, Edilson e Tevez, driblou até o estacionamento do estádio? Eu estou errado, sou radical e talvez americano, mas Ivan justificou com perfeição o Terrível do apelido e Neto Potiguar, coitado, deveria abandonar o futebol por ser reserva de Jean Carioca, que certamente pagou ingresso para assistir ao jogo de dentro do gramado.
Eu penso grande. Não me conformo com o complexo crônico de inferioridade, de medo. Justiça a Paulo Musse, que evitou um sacode maior. E aos corneteiros, tratamento mental.

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