Morre aos 60 anos Diego Maradona, ícone maior do futebol argentino


Maior jogador argentino da história, venceu a Copa de 1986 com a seleção argentina, quando protagonizou lances históricos como o gol da "mão de Deus", contra a Inglaterra. Conhecido também pelo vício em drogas, contra o qual lutou a maior parte da vida e lhe rendeu problemas de saúde, é um dos maiores ícones da cultura argentina.

No Brasil, a rivalidade com Pelé, que renderia intermináveis discussões sobre quem seria o melhor, tornou-se tema de qualquer conversa sobre futebol.

Maradona, no entanto, sempre dizia que sua primeira inspiração no esporte era justamente um brasileiro:  Roberto Rivellino, ídolo do Corinthians e do Fluminense. 

Atualmente, Diego era treinador do Gimnasia La Plata, da Série A argentina, depois de ter treinado equipes no México e no mundo árabe, além da seleção argentina na Copa de 2010. 

O início na Argentina

Nos clubes, fez história no Boca Juniors e no Napoli, onde foi campeão italiano e da Uefa. 

Nascido no bairro pobre de Villa Fiorito, na periferia de Buenos Aires, em 1960, se destacou desde cedo pela habilidade e a imparável canhota. Chegou ao futebol profissional pelo Argentinos Junior ainda na década de 70. 

Ainda no sub-20, foi campeão mundial pela Argentina. No Mundial de 78, disputado na Argentina, foi preterido pelo técnico Cesar Luis Menotti, que não o levou para a Copa. 

Logo despertou a atenção do Boca Juniors, para onde se transferiu em 1981 e sagrou-se campeão argentino.

Primeiro Mundial e Barcelona

O futebol exuberante de Diego chamou a atenção do Barcelona, que o comprou antes do Mundial da Espanha. Na Copa, no entanto, sua participação foi marcada pela derrota para o Brasil de Zico, Falcão e Sócrates. Naquele jogo, Maradona saiu expulso. 

Foi no Barcelona, segundo seus principais biógrafos, que Maradona se envolveu com o vício que marcaria sua carreira: a cocaína. Não se destacou na Catalunha e acabou transferindo-se para o Napoli. 

O Rei De Nápoles

O sul pobre da Itália acolheu Diego como um filho e em Nápoles ele, em retribuição, abraçou a cidade. Na temporada 1986-1987 ele brilhou contra a poderosa Juventus, símbolo do norte rico e poderoso do país. Ele ainda venceria a Copa da Uefa e outro título italiano. 

Os títulos não dizem, no entanto, o que foi Maradona no Napoli. Gols, dribles e passes geniais, muitas vezes impossíveis, o tornaram quase uma religião na cidade. 

A Copa de 86.

CNN BRASIL