Análise do voto auditável é adiada após tumulto e ataque ao sistema

 


A Comissão Especial da Câmara que avalia o projeto de emenda constitucional (PEC) do voto impresso e auditável, que votaria nesta sexta-feira (16) o parecer sobre a mudança nas urnas, adiou a sessão para agosto. Isto porque a reunião foi marcada por tumultos, bate-boca entre deputados de oposição e governistas e até tentativas de invasão hacker – que fizeram com que o sistema da Casa caísse por pelo menos três vezes em apenas 30 minutos.

– A secretaria me informa que o sistema está sendo invadido por alguém que conseguiu a senha. Eles disseram que conseguiram identificar e conseguiram estancar – disse o presidente da comissão, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR).

Após contornar o problema da invasão, discussões inflamadas surgiram antes da votação do parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR). Isto porque Barros afirmou que alteraria o texto do seu parecer. O presidente da comissão disse então que daria mais uma sessão para a apresentação do novo texto.

– Como o deputado Filipe Barros manifestou o desejo de fazer modificações no texto, estas sugeridas pela comissão. essa é uma prerrogativa do relator, segundo o artigo 57, inciso 11, do Regimento Interno, eu concedo o prazo até a próxima sessão ordinária – afirmou.

A decisão de Martins provocou ira na oposição, que acusou o presidente de cometer ato antirregimental, já que o prazo para a modificação do parecer já havia se esgotado.

— Picareta! — gritou Arlindo Chinaglia (PT-SP).

SESSÃO CONVOCADA PELA OPOSIÇÃO
A sessão desta sexta-feira (16) foi convocada por deputados da oposição que integram a comissão, além de parlamentares contra a mudança no sistema eleitoral. Com ampla maioria, os parlamentares pretendiam ‘enterrar’ a PEC do voto impresso e auditável – tentativa que foi frustrada com o adiamento da votação do parecer de Barros.

Barros classificou como “lamentável” o requerimento de autoconvocação da sessão, que teve autoria de Hildo Rocha (MDB-MA).

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